A chegada de Maurício de Nassau, em terras verdes e amarelas, trouxe consigo a tolerância religiosa, em uma época conturbada das terras brasileiras. Entretanto, hodiernamente, essa questão vem sendo extrapolada em nome da liberdade de expressão ,com atitudes de preconceito e violências físicas e verbais. Logo, analisar os caminhos para combater a intolerância das religiosidades no Brasil é de extrema importância. O tratado de igualdade de Aristóteles define a igualdade do desigual na medida de sua desigualdade, todavia essa não é uma realidade brasileira. Prova disso, são os vários casos de violência sofridas por alguns praticantes das religiões de matrizes africanas, no qual 75% deles, segundo a secretária de direitos humanos, além de sofrerem com o preconceito de uma parcela da sociedade, são facilmentes confundidos com outro grupo religioso : os espíritas. Logo, tal fato prova, além do preconceito, a falta de conhecimento de uma parte da população nacional. Ademais, atrelado a esses fatos, existe o descaso por parte do Estado em não tornar mais rígida a fiscalização da lei que consta no código penal vigente. Em detrimento disso, tais atos só aumentam, logo a sociedade encontra motivos para continuar perpetuando ódio sobre os fiéis. Portanto, medidas devem ser tomadas para combater a intolerância religiosa. O Estado deve tornar mais rígidas e rigorosas as fiscalizações e punições, com a finalidade de sanar tais disparates. Além disso, deve implantar nas escolas disciplinas que postulem o respeito ao diferente. Outrossim, as instituições de ensino, juntas as famílias, devem promover debates acadêmicos para, desde cedo, mostrar que o diferente deve ser não apenas tolerado, mas sim respeitado.