Título da redação:

A melhor das religiões

Tema de redação: A intolerância religiosa no Brasil

Redação enviada em 31/08/2016

Grande parte da sociedade contemporânea assiste perplexa aos acontecimentos relacionados à intolerância religiosa. Em um país como o Brasil, formado por uma variedade de crenças, cultura e etnias, é incoerente pensar que ainda existam pessoas que não toleram as práticas religiosas do povo brasileiro. Dessa forma, faz-se necessário que a sociedade revogue o que Einstein proferiu: “É mais fácil quebrar um átomo do que o preconceito.” De início, ressalta-se que é frequente os meios de comunicação veicularem notícias relatando atitudes hostis acerca da intolerância religiosa. O pensamento de superioridade de determinada religião desperta a tentativa de impor no outro suas ideologias, tornando-se constantes os casos de violências verbais e agressões em todo o território nacional. Prova disso, foi o fato ocorrido no Rio de Janeiro com uma garota de apenas onze anos de idade, que foi apedrejada por populares após sair de um culto candomblecista. Diante disso, é preciso refletir sobre a eficácia das leis que criminalizam essas ações de desrespeito. Aliado a isso, vale destacar que os adeptos das religiões da matriz africana e do islamismo são os que mais sofrem agressões, sejam verbais ou físicas, no Brasil. A liberdade de expressão e de culto são asseguradas pela Declaração dos Direitos Humanos criada após a Segunda Guerra Mundial e pela Constituição Federal. No entanto, o desrespeito a esses documentos são praticados diariamente sem a punição compatível com o crime, o que faz com que os episódios sejam repetidos. Em suma, é importante que o Poder Público e a sociedade, por meio de denúncias, combatam as práticas hostis à religião alheia. Ligado a isso, urge a aplicabilidade das leis como forma de catalisar tal problemática. Por fim, é relevante que, em um país tão cheio de diversidade, os brasileiros coloquem em prática as palavras do poeta francês Victor Hugo: “A tolerância é a melhor das religiões.”