O Brasil devido a toda sua trajetória histórica, é um país com um sincretismo vasto em diversas áreas como por exemplo na religião. Muitas delas foram trazidas de fora por parte dos colonizadores, imigrantes e também outras foram criadas em nosso território como as de origem africana. E mesmo com a liberdade de crença religiosa assegurada em nossa Legislação, é comum assistirmos nos noticiários casos de ofensa e agressão ao próximo devido a suas crenças diferentes. Portanto muito ainda precisa ser feito para combater a intolerância religiosa em nosso país. Desde os tempos em que o Brasil ainda era Colônia, a intolerância religiosa era praticada. A Igreja Católica com a intenção de conquistar mais fiéis, propagou a ideia de que as religiões afro-brasileiras eram de pessoas malignas e hereges. Infelizmente essa ideia continuou prevalecendo no pensamento de grande parte da população. Outro ato de intolerância que vem crescendo muito em nosso país é contra as pessoas que não seguem nem acreditam em nenhuma religião, os chamados ateus. Muitos são excluídos do mercado de trabalho por parte de empregadores que tem o pensamento no qual uma pessoa que não acredita em uma crença ou um deus não é de confiança. Nosso Estado é considerado Laico, porém diariamente vemos casos que ferem o princípio da laicidade, um exemplo disso é o crescimento da bancada evangélica no Congresso Nacional com projetos de lei que se aprovados interferem em questões sociais e culturais. Temos direito a liberdade de expressão, porém não podemos esquecer que a nossa liberdade vai até onde a liberdade do outro não é prejudicada. Fica evidente portanto que não é somente um cumprimento mais rígido da Legislação que precisa ser feito, mas sim uma mudança no pensamento de toda a sociedade, começando pela junção da escola que é uma instituição socializadora e também da família onde se deve ensinar a conviver com as escolhas diferentes. Os representantes políticos também devem tomar medidas que não ferem a laicidade do Estado, pois só assim teremos uma sociedade mais plural e democrática.