O homem tem o direito de interpretar a sua fé ou a dos outros da forma como bem entende. Não há problemas em relação a isso, até o momento em que doutrinas de uma vertente religiosa são impostas sobre os demais indivíduos da sociedade, atingindo a integridade alheia. A liberdade de expressão garante o direito de criticar religiões. Portanto, somente desaprovar a fé de outrem não é configurado como preconceito. A intolerância ocorre quando um indivíduo julga o próximo apenas com base em sua fé, assumindo-lhe esteriótipos que o denigrem. Esse tipo de intolerância não é novidade no Brasil, desde muito tempo vemos alguns líderes religiosos que incitam, de forma camuflada, a aversão aos praticantes de outras doutrinas, transformando discursos preconceituosos em falsos preceitos daquela religião. Esses discursos, muitas vezes, estão sujeitos a vários tipos de interpretações. Por isso, alguns fanáticos acabam encontrando falsas justificativas em seus dogmas para utilizarem a violência contra pessoas de outra denominações. Cada ser humano possui sua própria forma de ver o mundo espiritual. Portanto, diante das inúmeras variantes religiosas na sociedade, é inegável a necessidade de sabermos conviver com essas diferenças. Respeitar o pensamento espiritual do próximo é o segredo para o fim da violência religiosa e para um convívio social saudável.