O Brasil é um país historicamente de grande diversidade religiosa. Desde os primórdios de sua colonização, houve um grande intercâmbio religioso entre diversos povos, gerando o atual leque de religiões praticadas aqui. Entretanto, há um conflito constante entre indivíduos de diversas crenças e até mesmo sem crenças, gerando grandes danos ao direito da liberdade religiosa. Desde a chegada do português em terras indígenas e do negro para ser escravizado houve, por parte dos portugueses, uma grande intolerância religiosa, através da catequização do índio e a opressão contra os escravos, que utilizaram o sincretismo religioso para a sobrevivência de sua crença. Qualquer religião que fuja dos princípios do cristianismo é considerada inferior e seus praticantes são discriminados. Isso é perceptível através do tabu de que todas as religiões de matriz africana são consideradas como "macumba", onde são propagadas diversas ofensas e mitos sobre as mesmas. Diante disso, é notável que não há o respeito ao direito da liberdade religiosa e que o Estado não é totalmente laico, sendo comprovado através da existência da Bancada Evangélica no Congresso. Dessa forma, é necessário um maior conhecimento das diversas religiões com o intuito de reduzir os preconceitos existentes, através de uma ação conjunta do Estado, de ONG's (Organizações Não-Governamentais) e a escola, através da propagação de informações por panfletos e campanhas. Além disso, os crimes de intolerância religiosa devem ser investigados com maior rigor e devidamente punidos, garantindo o bem-estar da população brasileira.