A Revolução Francesa foi fundamental para a separação entre igreja e Estado, criando o laicismo, responsável por garantir e proteger a liberdade religiosa. Desde então, vários países vêm aderindo tal doutrina, entre eles o Brasil. Entretanto, ainda assim, existem inúmeros casos de intolerância religiosa nesse território, conduta que está diretamente ligada a fatores como: desrespeito às leis e herança histórica. Primeiramente, observa-se que o Brasil já apresenta leis jurídicas que visam punir a prática da discriminação de crenças ou descrenças. Contudo, grande parte populacional não respeita tais imposições, como aponta o Índice de Percepção do Cumprimento das Leis, produzido pela Fundação Getúlio Vargas, seja por ignorância ou até mesmo por um sentimento de superioridade social, consequentemente, o cenário intolerante prevalece. A ausência de liberdade está presente no Brasil desde o processo de colonização, já que índios e, posteriormente, escravos africanos eram oprimidos e induzidos a seguir a religião vigente da época, praticada pelos colonizadores portugueses. Tal contexto reflete na sociedade contemporânea, ocasionando problemas advindos de tempos atrás, como o desprezo por crenças africanas e indígenas, por exemplo. Portanto, é necessário coibir a repressão religiosa com atitudes de toda a esfera populacional. Estado enrijecendo leis, para que as mesmas possam ser cumpridas. Ambientes educacionais dispostos a formar indivíduos no princípio de respeito e igualdade social, nesse contexto Paulo Freire afirma que ninguém é superior a ninguém. Ademais, torna-se substancial o respeito ao próximo, assim como a religião por ele seguida, destarte o Brasil será realmente um Estado laico.