Após uma menina de 11 anos praticante de candonblé ser apedrejada e insultada por dois homens que carregavam bíblias nas mãos em junho de 2015 o problema da intolerância religiosa foi trazida a tona. Crime que está crescendo constantemente, atingindo uma parcela significativa da população principalmente pessoas ligadas a religiões de matriz afro-brasileira. Mesmo o Brasil sendo um país laico, com nenhuma história de conflito armado movido pela religião, a intolerância existe e é demostrada não apenas com agressões físicas como esta que ocorreu no Rio de Janeiro, mas com muito mais frequência através da internet, onde pessoas agem de forma anônima muitas das vezes com pretextos de estarem “atuando” em nome de Deus e instigam a segregação, a intolerância e o preconceito postando textos e imagens que atacam as pessoas adeptas de religiões diferentes. Além do ataque na internet a maioria das queixas que o disque 100 contabiliza são quebra de estátuas de divindades, queima de livros sagrados e objetos, agressões físicas e verbais. A lei assegura a critica de dogmas como liberdade de expressão desde que estas não prejudiquem os outros com atitudes agressivas e discriminatórias. Todavia, com o aumento do acesso a internet houve também o aumento deste crime, tornando um sério problema pois a fiscalização é dificultada e com isso a punição dos infratores ainda é pequena. É necessário maiores ações para combater estes atos no país como maior divulgação do disque 100. A conscientização das pessoas principalmente dos jovens, onde as crianças devem ser ensinadas a respeitar as diferenças que existem na sociedade, isso pode ser realizado através de ações educativas nas escolas para que pessoas ligadas a diferentes religiões exponham suas crenças e destruam os paradigmas criados ao longo da história. Outra forma de derrubar este preconceito é o cumprimento da lei 10.693/03 que obriga o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas. Isso Combinado com uma fiscalização maior por parte do governo e punições mais severas para as pessoas que praticam atos discriminatórios. Todo preconceito deve ser banido para construirmos um país mais justo para próximas gerações.