Título da redação:

A intolerância religiosa brasileira diante de nossa "Ordem e progresso".

Tema de redação: A intolerância religiosa no Brasil

Redação enviada em 30/06/2015

Liberdade de expressão e de crença são direitos assegurados pela Constituição Federal. A intolerância religiosa, amplamente designada no Brasil, um país laico e pluralista, tem se tornado foco de debates em todo o mundo pelo desrespeito social crescente. Apesar da existência de diversos seguimentos religiosos, resultado da miscigenação de culturas, a relidade brasileira de práticas contrárias ao comportamento natural — ou que, ao menos, deveria ser — de respeito às escolhas do outro, tem se agravado cada vez mais. Segundo reportagens do GLOBO, são registradas cerca de 9 denúncias desses casos por mês através do Disque 100, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência, todos com vítimas. Os ataques, geralmente contra credos minoritários e ateus, evidenciam uma sociedade já intolerante que ainda não está ao nível de outros países, como no ocorrido com o jornal Charlie Hebdo recentemente, mas que caminha rapidamente a este. O que seriam atos em prol do bem social, o fervor religioso muitas vezes se transforma assustadoramente, justificando-se ser “em nome de Deus”. Segundo o filósofo inglês Thomas Hobbes, é necessário um contexto social em que o governo garanta a segurança do povo e iniba um convívio caótico. Não representando as ações governamentais, apesar dos direitos constitucionais, estes foram criados e reformulados apenas no século passado, em um cenário totalmente distinto. Somado a uma convivência não fraternal dos brasileiros, é inegável a ideia de que pode-se ainda continuar sem medidas definitivas. Portanto, a necessidade emergente de reversão da atual situação de intransigência pode-se ser feita através de uma maior presença estatal no âmbito de promover a tolerância — não impondo determinada crença —, com campanhas conscientizadoras, junto à propagandas midiáticas, além da colaboração de ONG’s e da família no trabalho educacional, incentivando desde cedo à prática do bem e alterando positivamente os comportamentos individuais. Assim, será possível garantir a harmonia defendida por Hobbes e a "Ordem e progresso" de nossa bandeira.