Como não é possível encontrar soluções e explicações para tudo, a maioria dos humanos tendem a recorrer à metafísica, depositando suas crenças no sobrenatural e, assim surgem as religiões. Todavia, os valores, doutrinas, crenças e aspectos culturais são variados e, por desconhecimento, os preconceitos vão tomando lugar. Logo, pode-se concluir que a intolerância é fruto da ignorância. Entre as intolerâncias mais latentes no Brasil estão as com religiões e crenças de origens africanas e com os que não cultivam religiões. A primeira é consequência do preconceito mascarado que os brasileiros nutrem contra a comunidade africana, associando eles e sua cultura a algo ruim ou inferior. Outro alvo constante da falta de tolerância são os ateus, agnósticos ou qualquer pessoa que tenha dúvidas quanto à sua posição religiosa. Essas pessoas são tachadas de más e menos dignas, por parte da população, munida de ódio contra aqueles que são diferentes. Todo esse quadro se deve ao pouco nível de instrução do povo brasileiro, que foi se alimentando ao longo dos séculos de superstições e clichês , tendo pouco contato com uma educação mais formal, que permitisse ampliar o conhecimento e, consequentemente a tolerância com o exótico. Portanto, já é tempo de enterrar preconceitos arcaicos e disponibilizar às pessoas conhecimento sobre as mais variadas perspectivas e crenças, com ênfase às manifestações no Brasil. Ademais, esse trabalho pode ser iniciado desde já, com campanhas e projetos, envolvendo ONG's, governo, mídia e população, sendo disponibilizado conhecimento sobre o assunto. De maneira que facilite o reconhecimento, denúncia e punição, também fazendo pressão contra os intolerantes. É essencial educar propriamente os jovens, prevenindo assim que essa atrocidade se perpetue pelas próximas gerações.