As primeiras religiões predominantes no século XXI pregam o amor e o respeito ao próximo. No entanto é possível se deparar com discursos de ódio e intolerância religiosa nas terras brasileiras. Assim, é uma situação paradoxal para um país onde a maioria dos habitantes possui alguma religião O Brasil desde os tempos de colônia convive com sucessões e misturas religiosas, seja pela catequização dos índios pelos jesuítas ou pela presença do candomblé. Essa comunicação de religiões entretanto, não gerou uma sociedade amplamente aberta a outras doutrinas religiosas, essa postura fica clara ao se perceber que segmentos religiosos como o espiritismo ou o próprio candomblé ainda são alvos de críticas. Mesmo grandes doutrinas religiosas no mundo como o judaísmo ou o islamismo são ofuscados no Brasil pelo cristianismo, o qual possui entre suas próprias derivações, como os evangélicos, a presença de atitudes conflitantes a outros segmentos religiosos de mesma raiz. A origem da intolerância surge além do fato de existirem minorias, que por si só é um ingrediente para o preconceito, envolve um elemento singular a fé. Assim uma crítica a determinada religião faz com que a pessoa interprete como uma crítica a própria pessoa e seus familiares e amigos. Essa relação simbiótica do indivíduo com a religião explica a razão do porquê fies se sentem desconfortáveis ao ver a pregação de outra religião, esse elemento se aplica a diversas doutrinas seja o cristianismo, islamismo ou até o “ateismo’’ . Claramente a intolerância está ligada a falta de respeito entre as pessoas, atitude contraria a pregada pelas instituições religiosas. Logo, para reduzir esse preconceito é fundamental debate-lo nas próprias instituições além de abordado pelos líderes das mesmas. O estado deve visando garantir o direito universal da liberdade religiosa, punir o ódio religioso com a mesma rigidez dos crimes envolvendo o racismo. Portanto, acabar com a intolerância começa com cada pessoa respeitando as escolhas do próximo.