Título da redação:

A Doença da Intolerância

Tema de redação: A intolerância religiosa no Brasil

Redação enviada em 28/08/2015

Para Montesquieu, a intolerância religiosa era um tipo de doença endêmica, transmitida no decorrer da história da humanidade. Esse mal, ao longo dos séculos, foi responsável por diversos eventos violentos, como as perseguições romanas aos primeiros cristãos, a repressão católica contra os chamados hereges durante a Idade Média e os conflitos de origem islâmica no Oriente Médio. No Brasil, ela tem suas raízes na colonização portuguesa e está presente na sociedade brasileira de forma velada. Quando chegaram na Terra de Vera Cruz, impelidos por ideais mercantilistas e de expansão da fé cristão, os colonizadores impuseram aos nativos do Novo Mundo e, posteriormente, aos negros trazidos da África, seus dogmas católicos. Dessa forma, subjugaram os costumes indígenas e africanos, numa tentativa de aculturação. Assim, ocorreu uma intensa desvalorização das crenças que fossem diferentes da lusitana. Hoje, essa depreciação ainda é observada, principalmente, nas religiões de matriz africana, como a Ubanda e o Candomblé. Tais manifestações religiosas sofrem constantes ultrajes, sobretudo nas redes sociais que, por sua vez, são reflexos do mundo real. Contraditoriamente, uma grande parcela da sociedade brasileira acredita viver em um país desprovido desse tipo de preconceito. A intolerância religiosa, portanto, ainda é um mal que aflige o país Verde e Amarelo. Diante disso, cabe ao Estado, como forma de tratamento, punir com o rigor da lei aos que praticarem essa forma de violência e, como medida profilática, o governo e a sociedade devem agir em conjunto, por meio da educação, familiar e escolar, para a tolerância, a alteridade e o respeito, utilizando-se de campanhas e debates públicos nas escolas e comunidades. Assim, caminharemos para e erradicação desse mal.