Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 04/09/2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos - promulgada pela ONU, em 1948 - assegura a todos os direitos à saúde, à educação e ao bem-estar. Contudo, observa-se que, no Brasil, os processos que versam a respeito dos mecanismos de integração social da pessoa com Síndrome de Down ainda são repletos de carências a serem superadas. Nessa perspectiva, a conservação dessa atuação insuficiente é refletida em um cenário desafiador para um Estado Democrático de Direito, seja pela falta de profissionais capacitados para atender essas pessoas, seja pela ineficácia das estratégias estatais para reverter esse panorama adverso. Deve-se pontuar, inicialmente, que essa parcela populacional encontra-se marginalizada em relação aos direitos básicos do cidadão, principalmente no que tange ao sistema socioeducacional. Nesse sentido, a escassez de profissionais aptos nas instituições de ensino, sobretudo na rede pública, para promover uma inclusão efetiva e um aprendizado eficaz aos portadores dessa síndrome faz com que haja uma redução na autonomia dessas pessoas perante o meio social, de maneira que a possibilidade de desenvolvimento cognitivo, social e cultural dessa comunidade se mantenha em um cenário desnorteado. Com efeito, esse cerceamento de direitos contribui para a intensificação de uma conjuntura de disparidade socioeconômica na nação. Vale ressaltar, também, que as ações veiculadas, pelo Poder Público, para amenizar essa situação deficitária não surtiram o efeito desejado, haja vista que a pessoa com Down ainda encontra muitas dificuldades para se integrar à sociedade, seja pelo grande preconceito vigente, seja pela baixa acessibilidade destinada a esse grupo. Em virtude disso, é revelada a falta de um Estado de Bem-Estar Social, modelo de gestão idealizado pelo economista inglês John Keynes que é utilizado em países com altos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), como a Noruega e a Dinamarca. Essa política é importante, similarmente, aos países em desenvolvimento, como o Brasil, pois ela é pautada nos campos social e econômico, na qual a distribuição de renda, bem como a prestação de serviços básicos, como o fornecimento de atendimento inclusivo aos portadores da Síndrome de Down tanto no espaço educacional quanto na saúde pública, são vistos como uma forma de combate aos problemas socioeconômicos do país. Logo, identifica-se a necessidade de alteração do modo de atuação do Estado perante essas pessoas. Depreende-se, portanto, que, diante da urgência de se reverter esse contratempo, o Ministério da Educação precisa instituir processos de capacitação aos profissionais da educação, de forma que seja possível oferecer às pessoas com Down uma metodologia de ensino que promova uma integração social efetiva, tanto no ambiente escolar quanto no espaço acadêmico. Isso pode ser feito por meio de cursos presenciais obrigatórios a esses professores, em que englobem a participação de profissionais da saúde, para se debater e propor os melhores mecanismos de ensino e de inclusão desses portadores. Assim, pode-se almejar um país menos preconceituoso e que respeite, invariavelmente, os direitos humanos propostos, há 70 anos, pela ONU.