Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 30/06/2018

A igualdade dos indivíduos na sociedade claramente não é praticada integralmente na contemporaneidade, embora muitos movimentos tenham perseverado em busca da justiça. Um exemplo dessa luta foi a Revolução Francesa no século XVIII, que expressou o desejo dos cidadãos de conquistarem uma maior inclusão no âmbito político-social. No entanto, o contexto brasileiro atual demonstra que muitos indivíduos ainda são excluídos das atividades interpessoais, como é o caso dos portadores da Síndrome de Down, os quais não são plenamente respeitados e encaram diariamente a luta contra as diferenças impostas a eles. Em primeira análise, as dificuldades enfrentadas pelas pessoas que, por conta da formação embrionária, apresentam 47 cromossomos ao invés de 46, se estabelecem a partir do desenvolvimento físico e mental mais gradual, o que não as impede de exercerem funções sociais. Conforme dados da Estimativa da Federação Brasileira das Associações Síndrome de Down, mais de 100 indivíduos com a síndrome integram o mercado de trabalho, confirmando a capacidade desses de exercerem papeis como cidadãos no Brasil. Mesmo que existam sujeitos que apresentam certa participação social, muitos outros não a conseguem e ainda são tratados como inferiores, como houve no caso do biólogo britânico Dawkins, que afirmou que os fetos com a Síndrome de Down deveriam ser abortados se a mãe pudesse escolher. Além dos problemas de ingresso na vida trabalhista ou na falta de respeito social acerca da própria existência como ser humano, existem ainda casos em que o indivíduo é marginalizado dentro da própria família. Assim aborda o autor Cristóvão Tezza na obra "O Filho Eterno", a qual conta a história de um pai que enfrenta um embate interno sobre como aceitar o filho com a síndrome. A partir da ficção a realidade também se expressa, pois alguns membros familiares tem certa dificuldade em ajudar essas pessoas, embora 73% dos portadores da Síndrome de Down saibam tomar decisões e iniciativas, segundo o Processo de Inclusão dos Portadores de Síndrome de Down, o que mostra a autonomia deles mesmo que passem por situações difíceis por conta da própria condição. Dessa forma, medidas devem ser tomadas para a conscientização da população acerca do tema. Em suma, o filósofo Gabriel Marcel postula que para existirmos, é necessário que coexistamos. Dessarte, a família deve integrar seus membros que apresentam necessidades específicas em atividades conjuntas, como debates familiares, para que esses tenham consciência de que recebem apoio familiar. Outrossim, a escola pode promover palestras aos responsáveis por crianças especiais com profissionais como psiquiatras, formando um maior entendimento sobre a Síndrome de Down e sobre como lidar com ela, para que situações como a apresentada por Tezza possam ser evitadas. Por fim, empresas privadas devem garantir certas vagas destinadas aos portadores da síndrome para que haja uma maior inclusão desses indivíduos no mercado, gerando, assim, uma sociedade mais empática.