Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 11/05/2018

Imagine acordar em um universo paralelo onde o padrão social seja possuir a anomalia conhecida como Síndrome de Down, porém, entre milhões de pessoas, apenas você seja a exceção. Essa é a ideia do longa-metragem “City Down- A história de um diferente”, do brasileiro José Matos, que retrata a história de um jovem casal que recebe a notícia de que seu filho nascerá “diferente”, ou seja, sem a síndrome; após anos de lutas, eles, de uma forma extraordinária, vencem todo preconceito vivenciado. Saindo da ficção e entrando, de fato, no mundo palpável, sabe-se que a realidade é completamente contrária à do filme; o que faz, hoje, propiciar o seguinte debate: Os portadores da Trissomia do cromossomo 21 têm os mesmos acessos que um cidadão com 46 cromossomos? É pertinente salientar, antes de tudo, que a Síndrome de Down, também conhecida como Trissomia do cromossomo 21, nunca foi uma doença, mas sim um distúrbio genético que corroborou para uma atípica divisão celular que resultou em um material extra na fase da meiose. Tal condição gênica favorece características distintas ao portador, como a defasagem do desenvolvimento físico e mental, algo que, infelizmente, pela ganância humana, já é o suficiente para segregar esse grupo da sociedade, tanto no âmbito do mercado de trabalho como no ambiente escolar, por falta de subsídios especiais. De acordo com a Federação Brasileira de Síndrome de Down, essa condição faz parte da vida de, aproximadamente, 300 mil brasileiros, evidenciando a urgente necessidade de integração social. Contudo, embora já existam leis que acolham esse grupo, ainda há um déficit significativo, visto que a maior dificuldade dessa comunidade é, por incrível que pareça, o preconceito do cotidiano; logo é nítido que o acesso desse grupo, nem sempre, é igual ao do cidadão “normal”. Impera considerar, ademais, que, no passado, qualquer tipo de deficiência tinha um fim trágico. No que tange a isso, é válido ressaltar que, no auge do Nazismo, Adolf Hitler adotou a política de “higiene e profilaxia social”, enaltecendo a “raça nórdica” em detrimento da “raça inferior”; resultando em um dos piores momentos da humanidade: a morte de cerca de 200 mil deficientes, por meio do holocausto, sem mencionar os milhões de mortes por conta da intolerância. Tal conjectura contribuiu para que o mundo sentisse a necessidade de instaurar um organismo que assegurasse o ser humano dos seus direitos, independente da sua raça, religião ou deficiência, nascendo então a Organização das Nações Unidas (ONU). Todavia, mesmo com o progresso do mundo, o crime para essa comunidade, no mundo hodierno, é o racismo travestido da falta de acessibilidade, como o déficit de profissionais capacitados para atender a esse grupo nas escolas públicas. Em suma, o mundo precisa aprender a respeitar as diferenças na humanidade, dado que todos são diferentes, em menor ou maior grau. Depreende-se, portanto, que mesmo com as conquistas abraçadas pelos portadores da Trissomia do cromossomo 21, a falta de inclusão social é ainda o grande debate do século XXI. Como disse Newton, na Lei da Inércia, existe uma força a qual é exercida para que certo objeto saia do repouso; hoje, o objeto simboliza a falta de acessibilidade aos portadores da Síndrome de Down, e a força, o Estado e a sociedade trabalhando para sanar esse impasse. Assim, é de responsabilidade do Ministério da Educação, juntamente ao Governo Federal, criar projetos para maior qualificação de profissionais que lidam com esse grupo, seja professor, médico ou psicólogo, com objetivo de incentivar essas pessoas a viverem como qualquer outro indivíduo de 46 cromossomos. Ainda, o Poder Legislativo, necessita maximizar a cota de deficientes físicos no mercado de trabalho, como também nas universidades brasileiras, dado que eles, ainda, são minoria nesses meios. Com isso, ao mesmo tempo em que o mundo paga a dívida social com todos os deficientes, ele também alcança a tão sonhada igualdade social.