Apesar de tantos avanços em diversas áreas – comunicação, transporte, tecnologia -, a sociedade brasileira enfrenta um problema para o qual ainda parece apresentar certa resistência: a integração social dos portadores de síndrome de Down. Contudo, o principal motivo dessa problemática é a desvalorização e a não inclusão dos indivíduos com essa doença, que atinge em média 300 mil brasileiros. Primeiramente, é necessário compreender que essa desvalorização é constituída socialmente e, apesar de infundada, ela compõe uma ideia já estabelecida na mentalidade das pessoas de que os portadores de síndrome de Down são incapazes de realizar atividades comuns, como estudar e trabalhar. Situação evidenciada pela estimativa da Federação Brasileira das Associações Síndrome de Down, afirmando que há apenas pouco mais de 100 pessoas com a doença no mercado de trabalho atualmente. Em vista disso, milhares de pessoas são afastadas do meio acadêmico e profissional por conta da incompreensão de que, na verdade, os indivíduos com Down são capazes de se desenvolver muito mais se puderem ser incluídos no âmbito social e não apenas em escolas ou espaços especiais. Afinal, a maioria dos portadores possui autonomia suficiente para conviver e entender suas próprias limitações, sejam elas físicas ou mentais. Diante dessa realidade, é possível perceber que se fazem necessárias medidas para que a integração social dos indivíduos afetados pela síndrome seja realizada de maneira adequada. Portanto, é preciso que o Governo Federal dê continuidade nas campanhas já existentes, estimulando a inclusão no mundo acadêmico e no mercado. Além disso, as escolas normais devem estar devidamente preparadas com profissionais especializados na área, para receber os alunos deficientes, tendo em mente um ensino mais inclusivo, dessa forma, os pais poderão matricular seus filhos em ambientes adequados, acarretando em um melhor desenvolvimento social entre as crianças.