Os indivíduos com síndrome de Down possuem uma alteração genética, especificamente, uma trissomia no cromossomo 21. A adição desse cromossomo extra não os torna pessoas anormais, mas sim com necessidades especificas para terem uma vida com bem-estar social. Sendo assim, é importante que haja a inclusão desses indivíduos na sociedade. De acordo com Aristóteles, “devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida da sua desigualdade”, nesse sentido cabe a escola, como responsável pela educação regular, a inclusão das pessoas com a síndrome, uma vez que essas precisam de um acompanhamento regular para facilitar a aprendizagem. Além disso, é inaceitável a ideia de escolas separadas entre as pessoas com e as sem deficiências, pois isolar cada uma em sua realidade é um desserviço a sociedade, visto que nenhuma das duas saberá lidar com as diferenças, porque estarão alienados um ao outro. Ademais, A Lei Brasileira de Inclusão (LBI), de 2015, foi um avanço no sentido da integração social e educacional das pessoas com deficiência, contudo ainda temos dificuldade no cumprimento da lei, visto que escolas e empresas tentam se esquivar da lei de diversos modos, um exemplo é a escola fingindo não ter mais vagas disponíveis quando descobrem que o aluno possui a síndrome de Down, caso mostrado em um reportagem pelo “Fantástico”. Outrossim, esse tipo de comportamento, impede os indivíduos com a síndrome a ter uma vida social e independente, pois também não terão chances de frequentar uma faculdade diminuindo as opções no mercado de trabalho. Dados comprovam essa realidade, segundo a Federação Brasileira das Associações Síndrome de Down, menos de um porcento, do total de 300 mil indivíduos, estão trabalhando ou matriculados em cursos técnicos ou superiores. Por conseguinte, é possível perceber que ainda há pouca inclusão dessas pessoas na sociedade. Dessa maneira, é necessário que as Secretarias de Educação criem um canal de denuncia para que os pais e cidadãos conscientes possam denunciar as instituições escolares e de trabalho que estejam infringindo a LBI. É importante, ainda, que a mídia, em parceria com instituições, como o Movimento Down, possa fazer campanhas publicitária para promover o acesso a informação e minimizar o preconceito. Somente assim, seremos capazes de promover uma verdadeira inclusão social.