Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 10/04/2018

Em Esparta, durante a Roma Antiga, crianças ou pessoas com deficiência eram lançadas ao mar ou em precipícios. Entretanto, essa visão estereotipada de que os portadores de necessidades especiais são diferentes e não podem ser tratados com igualdade perdura hodiernamente. Diante dessa perspectiva, nota-se, como um impasse na sociedade brasileira, o preconceito contra os portadores de síndrome de Down, seja pela ineficácia da inclusão desses deficientes em escolas regulares ou pelo descaso estatal no que tange essa questão. Em um primeiro plano, é inegável que as escolas brasileiras não incluem as pessoas com trissomia do 21. Nesse cenário, a grande parte dos alunos com essa doença estudam em escolas especiais, as quais limitam as relações sociais desses indivíduos, uma vez que separam os deficientes da sociedade, o que deturpa o pensamento do filósofo Aristóteles, o qual afirma que os desiguais devem ser tratados com igualdade. Desse modo, para que o brasileiro com síndrome de Down consiga estudar e se inserir no mercado de trabalho, assim como Pablo Pineda, primeira pessoa com essa patologia a obter diploma universitário na Europa, é fundamental que haja inclusão desses deficientes em escolas regulares e, consequentemente, em postos de trabalho. Além disso, a desigualdade de tratamento oferecida a esses cidadãos comprova que a Constituição Cidadã possui leis que ainda não saíram do papel. Por conseguinte, o Artigo 5º da Carta Magna afirma que todos são iguais perante a lei. Todavia, esse artigo encontra-se deturpado no Brasil, já que os portadores de síndrome de Down, muitas vezes, são vistos como um atraso da nação e são tratados de uma forma desrespeitosa, prova disso é que apenas 33 % dos portadores dessa doença estão no mercado de trabalho, de acordo com a Federação Brasileira das Associações Síndrome de Down. Dessa maneira, o descaso estatal colabora com a visão preconceituosa da sociedade de que os deficientes são pessoas incapazes. Fica evidente, pois, que os portadores da trissomia do 21 são estereotipados devido à falta de inclusão nas escolas e ao descaso do Poder Público. Faz-se necessário, portanto, uma ação sociogovernamental, em que o MEC, com as empresas, reserve vagas em escolas públicas de ensino regular e em locais de trabalho aos deficientes com síndrome de Down, com o intuito de integrá-los à sociedade. Ademais, compete ao Poder Executivo sancionar leis que especificam e garantam os direitos desses cidadãos, e promover, por meio da TV e da internet, propagandas que demonstram a importância do respeito às pessoas com síndrome de Down. Dessa forma, assim como Pablo Pineda, os indivíduos com a trissomia do 21 poderão ser tratados com equidade na sociedade brasileira.