Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 06/04/2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos – principal documento que serve de referência ao exercício da cidadania – assegura a todos os indivíduos a igualdade em direitos. Entretanto, os frequentes obstáculos enfrentados na integração dos portadores de Síndrome de Down pela sociedade brasileira evidenciam que não são todas as pessoas que usufruem dessa norma na prática. Sob essa óptica, dois aspectos não devem ser negligenciados, como a ineficiência da gestão pública e o caráter preconceituoso ainda presente. Em primeiro lugar, é importante destacar que, segundo a teoria do Imperativo Categórico de Immanuel Kant, todos os indivíduos são reservados de direitos e deveres baseados nos princípios éticos de uma sociedade. No entanto, nota-se que a gestão brasileira não está de acordo com os conceitos do filósofo. Nesse sentido, os direitos básicos, como a Educação, que carece de profissionais qualificados responsáveis por ajudar os portadores da Síndrome de Down e a Saúde, que pouco apresenta recursos necessários para o atendimento especializado, interferem no processo da integração. Logo, é inaceitável a realidade vivenciada, uma vez que o planejamento governamental deve estabelecer os benefícios a todos, garantindo os direitos tanto para a maior parte da população quanto para a menor parcela dos indivíduos. Além da inabilidade na atuação pública, o preconceito é outro fator que prejudica a integridade social. Isso se dá porque, ainda no século XXI, as pessoas julgam o próximo sem conhecimento e criticam a capacidade e o desenvolvimento dos grupos minoritários. Desse modo, pode-se exemplificar o cotidiano com a representação da obra “Amor Líquido” do sociólogo polonês Zygmunt Bauman: a fragilidade dos laços humanos, como o emprego do individualismo, falta de ética e bom senso com o outro está ocasionando a fluidez nas relações coletivas. Com isso, a condição presente deve ser dirimida, visto que o preconceito obstrui a vida de muitos cidadãos e interrompe o processo de inclusão social. Fica claro, portanto, que é fundamental mudar o quadro corrente para que se consiga estabelecer a integração dos portadores de Síndrome de Down. Dessa maneira, urge ao Poder Legislativo a criação de uma lei que estabeleça uma medida suficiente de recursos destinados ao investimento em prol dessa população. Esse ato possibilitará que os indivíduos tenham acesso à Educação e Saúde de qualidade, com as acessibilidades necessárias para a garantia dos seus direitos. Ademais, é dever do Ministério da Educação conceber nas instituições de ensino uma maior abordagem sobre esse tema. Isso poderá ser feito por meio de seminários e palestras, com a participação de organizações, como APAE, possuindo como fins a sensibilidade dos jovens e a obstrução do preconceito. Desse jeito, a Nação brasileira conseguirá seguir as análises de Kant e a garantia da igualde entre todos.