Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 06/04/2018

No fim do século XVIII, a Revolução Francesa mostrou, ao mundo, a substancialidade do engajamento coletivo em prol do desenvolvimento social. Entretanto, faz-se necessário aferir até que ponto tal ideal iluminista constitui a realidade brasileira, tendo em vista que portadores da Síndrome de Down, ainda são postos à margem dessa sociedade, seja pelo descaso governamental ou por força do senso comum. É indubitável que o Estado, principal garantidor dos direitos coletivos e individuais, tem o dever de propor, de maneira ostensiva, políticas inclusivas no que se refere aos deficientes. Segundo Charles Montesquieu, filósofo iluminista, o Governo deve, por intermédio da justiça, garantir o constante equilíbrio em uma sociedade. Contudo, é possível perceber que, no Brasil, as inaptidões estatais em promover avanços quanto à qualidade de vida dos deficientes com Down, bem como sua inserção no mercado de trabalho, fragmentam esse equilíbrio proposto. Outrossim, importa destacar que o preconceito, aliado ao senso comum, também se comporta como causador desse fato social. De acordo com Durkheim, o fato social é um comportamento coletivo dotado de exterioridade, generalidade e coercitividade. Nesse sentido, tais coerções dificultam ainda mais a vida dessas pessoas, que, ao contrário do que muitos pensam, detêm capacidade de conviver com suas limitações. Fica evidente, portanto, que os ideais, como a igualdade e a fraternidade, propostos há mais de dois séculos, na Revolução da França, ainda estão longe de serem alcançados. Destarte, cabe às instituições governamentais, a exemplo do Legislativo, promover, por meio da promulgação de leis, políticas afirmativas a fim de uma maior socialização desses indivíduos portadores de direitos especiais. Essa expectativa pode ser alcançada mediante à criação legal de incentivos fiscais às empresas contratantes dos portadores dessa síndrome. Assim, espera-se que os deficientes de Down sejam tratados desigualmente, na medida de sua desigualdade, como previa Aristóteles.