Durante a Idade Média, devido à forte influência da Igreja, acreditava-se que, quem nascesse com uma deficiência, era por pecados passados deles. Nessa perspectiva, uma visão preconceituosa sobre os com necessidades especiais, por exemplo a Síndrome de Down, foi perpetuada na sociedade, impossibilitando que eles se integrassem a ela. Com isso, a negligência do Estado em fazer políticas públicas, aliada a uma descriminação arraigada, no cotidiano, dificultou uma boa formação educacional e impediu que eles se estabelecessem socialmente como qualquer outro indivíduo. Segundo a Constituição do Brasil, todos têm o direito à educação. Nesse aspecto, mesmo que isso se estenda a todos os brasileiros, sem distinção, os pais de crianças com a Síndrome encontram dificuldades em encontrar uma escola, uma vez que elas se dizem não preparadas para receber esse estudante. Dessa forma, a falta de medidas por parte do Governo para formar instituições inclusivas prejudica a formação de muitas crianças, as quais apresentam as mesmas condições para entrar no mercado de trabalho, caso sejam estimuladas desde cedo, o que também contribui para alcançar uma independência dos pais na maioridade. Sob essa óptica, consoante a filosofia de Schopenhauer, os limites do campo de visão de uma pessoa influenciam na percepção do mundo ao entorno dela. Nessa conjuntura, a ausência de contato dos alunos “normais”, durante a infância, com a diversidade leva a um estranhamento ao se deparar com quem apresenta uma diferença, fortalecendo o preconceito de que eles são menos capacitados e isso faz com que sintam à parte da sociedade. Por isso, a inclusão é necessária a fim de que se possa diminuir essa percepção e todos possam se reconhecer como parte integrante da sociedade. Para que o direito, concedido a todos, pela Constituição seja efetivado, é fundamental tomar certas medidas. Por isso, o Ministério da Educação, em conjunto com as escolas, deve treinar os professores, por meio de cursos, sobre como atender às necessidades do portador da Síndrome de Down. Desse modo, eles estarão prontos para recebê-lo e os pais encontrarão facilmente um lugar para o filho deles, permitindo a inclusão dele e, consequentemente, os outros estudantes, por terem esse contato, não desenvolverão o preconceito, que está enraizado na população.