Na 2ª Guerra Mundial as políticas de eugenia nazista mataram milhares de pessoas com síndrome de down, na chamada "Ação T4". Esse terrível episódio da história mundial ainda não foi suficiente para aprendermos a respeitar as diversas caraterísticas humanas, visto que os portadores de síndrome de down são vítimas, corriqueiramente, de preconceitos e do descaso das autoridades , o que configura um dos maiores desafios para a integração social desses indivíduos. Mormente, durante séculos em diversas culturas, o deficiente intelectual era visto como um incapaz, uma "aberração da natureza" e foi chamado por muito tempo, pejorativamente de forma ofensiva, de mongolóide. Diante disso, a obra de Franz Kafka, retrata de forma metafórica o preconceito em seu nível mais perverso nas relações humanas, pois tal como Gregor Samsa, o portador da trissomia no cromossomo 21 ainda é visto por muitos com um olhar de incômodo, de repulsa ou como um fardo, mas disfarçado de um sentimento cruel de pena. O que mostra a existência de uma cultura que não consegue aceitar a diversidade das características humanas. E com isso há uma exclusão da pessoa com síndrome de down e o seu isolamento diante de um olhar que o reprime. Ademais, o descaso das autoridades, por conseguinte o despreparo das instituições configuram verdadeiros empecilhos para a integração dos portadores de síndrome de down. Diante disso, diversas instituições de ensino, muitas vezes alegam não não ter mais vagas para estudantes após saberem que eles possuem alguma deficiência( o que é proibido por lei), isso ocorre devido a escassez de profissionais capacitados para lidar com a deficiência intelectual. Configurando, assim, um verdadeiro desrespeito a Declaração sobre os Direitos das pessoas com deficiência, proclamada pela ONU em 1975.Logo, integrar socialmente um portador de síndrome de down é um verdadeiro desafio. Portanto, o preconceito e o despreparo das instituições configuram verdadeiros empecilhos para a integração social de portadores de síndrome de down. Logo, a fim de diminuir o preconceito, ONGs devem promover campanhas educativas, mostrando que é absolutamente normal, possível e benéfica a convivência escolar e em todos os setores entre indivíduos portadores e os não portadores da síndrome de down, por meio da mídia, em programas de televisão, novelas e seriados que incluam esse contingente populacional de forma mais intensa, para que a sociedade internalize e aceite a existência de diversas características humanas. Além disso, é essencial que o Ministério da Educação invista na capacitação de professores para lidar com os deficientes intelectuais, por meio de cursos e palestras. Assim feito enterraremos de uma vez o passado cruel da eugenia nazista.