A política de estado visando o bem-estar social aplicado em países da Escandinávia como a Dinamarca e a Noruega mostra que é possível a integração da pessoa na sociedade independente da complicação que ela carregue. No Brasil, entretanto, ainda é prematura a atenção voltada à inserção de portadores de Síndrome de Down no tecido social, nesse sentido, convém discutirmos as razões históricas e sócio-educacionais para a problemática. Da Antiguidade até o século XX com o advento de tecnologias médicas mais avançadas, os historiadores estimam que dificilmente um deficiente sobrevivia a infância e se tornava um adulto, dessa forma, pessoas mais velhas com tal patologia podem ser consideradas um fenômeno recente na história da humanidade, no qual a falta de hábito e experiência em lidar torna a integração dos portadores uma tarefa difícil ao governo e aos cidadãos. Além disso, soma-se o que o sociólogo francês Émile Durkheim prevê como fato social. O segmento especial da população certas vezes é mal preparado e mal visto até mesmo por professores, profissionais que supostamente devem ser os responsáveis pelo ensino às crianças com Down e a conscientização aos outros alunos quanto a necessidade de trazer esses pequenos à vida pública sem que haja preconceito, mas sim tolerância. Segundo o filósofo prussiano Immanuel Kant, a educação define o que será do ser humano, portanto, é a partir dela que o horizonte deve ser seguido. Nesse âmbito, a formação de licenciatura nas universidades pode trazer preparação aos futuros docentes de modo que os torne preparados à lidar com os obstáculos na apredizagem de um portador de Síndrome de Down. O governo, por sua vez pode reforçar sua política de afirmação e incentivar palestras em colégios públicos e privados apresentando os deficientes como pessoas que podem vir a ser tão capacitadas quanto os ditos comuns.