Título da redação:

O terceiro X

Tema de redação: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 30/07/2018

A Síndrome de Down equivale a uma mutação genética ocasionada pela presença de um cromossomo a mais, ocasionando deficiência física. Diante disso, durante muito tempo ela foi vista como um estado regressivo da evolução humana. Todavia, hoje sabe-se que as pessoas que possuem a anomalia podem desenvolverem-se comumente na sociedade, mas o pré-conceito e a superproteção impedem que as pessoas consigam superar o passado segregacionista que marca a história dessa condição genética. A Síndrome de Down não impede que os atingidos desenvolvam-se da melhor forma possível em sociedade. Nesse sentido, uma pesquisa realizada pela escola de enfermagem da USP evidenciou que as crianças que possuem a trissonomia são capazes de realizar as mesmas atividades que crianças com desenvolvimento típico. Diante dessa constatação, essa deficiência mostra-se como uma característica, não um empecilho, de modo que as pessoas que demonstram esse evento genético são capazes de integrarem a sociedade e adaptarem-se ao mercado de trabalho do mesmo modo que pessoas comuns. Todavia, o pré-conceito e a superproteção impedem a integração de indivíduos com essa deficiência em meio social. Isso é explicado pela citação de William Hazlitt, a qual mostra o preconceito como filho da ignorância. Desse modo, a falta de informação impede que as pessoas conheçam a Síndrome de Down, e consequentemente, muitos relacionam essa deficiência à intelectual, concluindo erroneamente que essas pessoas possuem inteligência inferior e alimentando, assim, o bullying e a segregação social. Consequentemente, os pais tornam-se superprotetores, impedindo que as crianças com a síndrome desenvolvam suas habilidades sociais e consigam interagir normalmente com outras. Enfim, as pessoas que possuem a Síndrome de Down podem desenvolverem-se normalmente, mas lidam com o pré-conceito e a superproteção como empecilhos para livrarem-se do passado segregacionista. Ademais, o Congresso Nacional deve adicionar um artigo na lei que incentiva a inserção de pessoas com a trissonomia no mercado de trabalho, de modo a tornar obrigatório a contratação de pessoas com a anomalia. Desse modo, esse evento genético passará a ser visto apenas como mais uma característica diferenciada, de modo que as pessoas entenderão que a Síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma diferença.