Título da redação:

O artigo V como órgão do corpo biológico

Tema de redação: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 11/04/2018

De acordo com o artigo V, a Constituição Federativa do Brasil de 1988, “ todos são iguais perante a lei”. Desse modo, o sociólogo Émile Durkheim conceituo a sociedade “corpo biológico”, na qual a integração social entre os indivíduos é fundamental para o desenvolvimento. Porém, em contrapartida com a Constituição e com esse conceito, as pessoas que têm síndrome de down, muitas vezes, não são inclusas nesse corpo e excluídas do direito à igualdade. Afinal, sofrem preconceitos e têm dificuldades na inserção em escolas e no mercado de trabalho, sendo necessário romper com essa contraposição. Primeiramente, é importante ressaltar que o ser humano tem dificuldades em lidar com o diferente. Isso foi demonstrado em outros períodos da história, como por exemplo, na Idade Média em que deficientes eram queimados por não se enquadrar nas características normais de uma pessoa. Diante dessa visão, a criação de estereótipos foi se formando, como também um aumento do preconceito. Nesse contexto, entra-se as pessoas que têm síndrome de down, ou mesmo, trissomia 21. Isto é, uma alteração genética, na qual invés de um organismo ter 46 cromossomos, ele tem um aumento do cromossomo 21. Essa alteração causa uma deficiência intelectual, comportamento autista e retardo das habilidades linguísticas e motoras. Mediante, à essas causas, a sociedade não os integra no meio social, fazendo com que esse grupo, considerado diferente, sofra preconceitos. Em consequência disso, a inserção desses indivíduos em escolas, universidades e mercado de trabalho são de difícil acesso, em detrimento da falta de preparo dos ambientes e professores capacitados. Vale salientar que essas pessoas devem ter um acompanhamento próprio, na qual requer uma atenção maior e um ensino profissional, mas, não separado do restante da população, já que precisam ser inclusas na sociedade e o restante das pessoas respeitarem às diferenças. Segundo a Estimativa da Federação Brasileira das Associações Síndrome de Down, 300 mil pessoas são portadores dessa síndrome, visto que, aproximadamente 265 mil delas não participam da educação em escolas e nem das empresas, concluindo-se que mesmo já existindo mecanismos para a inclusão desses indivíduos nesses ambientes, é preciso criar meios para que isso aumente. Logo, fica evidente que as pessoas portadoras da síndrome de down sofrem preconceitos e dificuldades para inserir no meio social. Com isso, é dever das escolas e universidades planejar um ambiente propício e preparar os professores para os atenderem. Além de criarem oficinas e campanhas com a participação das famílias, promovendo a integração e a importância de acabar com o preconceito, somando-as com filmes, teatros e palestras. Ademais, as empresas devem abrir mais vagas de emprego, criando projetos de formação e aprendizado dessas pessoas. Só assim, o artigo V terá um bom funcionamento na sociedade como órgão do “corpo biológico”.