Título da redação:

Inserção social: é preciso promovê-la

Tema de redação: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 06/04/2018

Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, publicada em 1948, todo indivíduo merece ser tratado com respeito, dignidade, independentemente de suas limitações. No entanto, quando se observa pessoas portadoras da Síndrome de Down, excluídas do convívio social, verifica-se que esse ideal igualitário é constatado na teoria e não desejavelmente na prática. Nesse contexto de integração das pessoas com essa síndrome, há dois fatores que não podem ser negligenciados, como o mercado de trabalho e falta de conhecimento a respeito dessa doença. É indubitável que a questão do mercado de trabalho esteja entre a causa desse problema. Comprava-se isso por meio de uma pesquisa feita pela Federação Brasileira das Associações Síndrome de Down , em que pouco mais de 0,03% da população com essa Síndrome no Brasil está no mercado de trabalho. Uma das causas desse fato está relacionada ao preconceito que a maioria das pessoas tem em relação a essa enfermidade, por achar que são incapazes de realizar certas tarefas, o que é errado, pois muitos têm ciência de que está fazendo. Esse fato atua em um fluxo contínuo e favorece na formação social com dimensões cada vez maiores. Dessa forma, vê-se que um dos caminhos para diminuir os efeitos desse preconceito é inserir mais dessas minorias no mercado de trabalho. Outrossim, destaca-se a ignorância das pessoas como impulsionador do problema. Uma prova disso está na instrução fundamental, a qual o problema não é abordado como deveria ser e com isso, poucos sabem a respeito dessa síndrome. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que o problema da inclusão social desse grupo funciona conforme a Primeira Lei de Newton, a Lei da Inércia, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando o percurso, o que dificulta a aproximação da realidade em questão. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, os governantes dos países devem aumentar o número de trabalhadores com Síndrome de Down, por meio de cotas trabalhistas a esse grupo, promovendo a integração social desses. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação, ou algo similar, de cada país deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam o combate ao preconceito, a fim de que o tecido social de desprenda de certos tabus, para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.