Desde o movimento iluminista na Europa do século XVIII, pensadores levantavam o lema de igualdade, liberdade e fraternidade, afirmando que os homens nascem dentro do princípio da isonomia. Porém é indubitável que os ideais iluministas não se aplicam no contexto social atual brasileiro, onde pessoas com síndrome de Down, ainda sofrem com a discriminação e o preconceito. Atos como o caso da desembargadora Marília Castro Alves, que em uma rede social comentou o fato e ter uma professora com Down lecionando para crianças em um tom de chacota e zombaria, mostra que o viés ideológico por trás da ação da mesma, fere e se contrapõe aos conceitos iluministas, ressaltando que atitudes como a da desembargadora corroboram para a disseminação dos estereótipos, colaborando assim com a segregação dos mesmos. De fato, atitudes com essa, levanta uma questão crucial que está ligada diretamente à educação juntamente com a empatia e o amor ao próximo, mostrando que os ideais iluministas carecem nos moldes da sociedade contemporânea, destarte acarretando no prejulgamento de pessoas com Down. Nesse sentido, convém ressaltar casos como o do rapaz Breno, que participava de diversas reportagens no programa do fantástico, mostrando o dia a dia de uma pessoa com síndrome de Down, o mesmo mostrando que apesar de possuir a trissomia 21, pode viver em plenas condições de igualdade. Desta forma, há de ser necessário que o MEC junto às diversas diretrizes da educação, promova o debate dentro do ambiente escolar, do mesmo modo que a grande mídia deverá transmitir palestras e notícias com psicólogos e pedagogos nos mais variados horários de transmissão. Nesse contexto o parlamento brasileiro deve também, apresentar projetos de lei, que beneficiem crianças, jovens e adultos com Down, pois apenas o conhecimento liberta e fará com que as pessoas enxerguem além das sombras assim como na alegoria da caverna de Platão.