Título da redação:

Gente como a gente

Tema de redação: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 07/04/2018

Registros históricos mostram que, diferentes grupos de pessoas, já sofriam com preconceitos relacionado a sua característica física ou comportamental por populações que tinham opinião antecipada sobre outros grupos sem antes mesmo dos conhecimentos dos fatos. Vejamos um exemplo disso no período do Brasil colonial, mais precisamente no ciclo do açúcar, onde alguns europeus defendiam a escravização negra pôr os considerarem descendentes de Cam, filho de Noé, condenado por danação eterna por desrespeito ao pai e, por isso, deveriam trabalhar para assim tentar redimir sua “alma amaldiçoada”. A questão, é que esse conceito formado antes mesmo dos conhecimentos dos fatos, estão perpetuando até hoje. Portadores da Síndrome de Down, por exemplo, sofrem constantemente por serem considerados incapazes de realizarem determinada atividade, principalmente pela dificuldade motora e intelectual que apresentam. Entretanto, com estímulos e cuidados necessários, desenvolvidos ao longo da jornada do portador, problemas característicos da síndrome podem diminuir e ter uma vida consequentemente uma vida saudável. Hoje, devido à preocupação a esse problema genético que os levam a procura de tratamentos médico, já existem indivíduos em território nacional matriculados em cursos superiores, no mercado de trabalho e em diversos cursos. Segundo especialistas, a causa para essa doença é uma alteração nos cromossomos que estão presentes no DNA, nesse caso há presença de três cromossomos 21, além do considerado normal. Ainda não se sabe o que causa essa alteração, mas alguns especialistas afirmam que pode estar relacionado com a quantidade de Cromossomos repassados pelos pais. Portanto, trata-se de uma doença genética, e consequentemente não existe cura. Hoje no Brasil, existem cerca de 45 milhões de pessoas que possuem alguma deficiência física ou mental, destas, 300 mil possuem Síndrome de Down, e todas sofrem com características comuns da doença, como: dificuldades na fala, no desenvolvimento intelectual, problemas em ganho de peso e na estatura. Essas características somadas com o pré-conceito antecipado de pessoas em relação aos portadores, priva-os de relações sociais, desse modo, é imprescindível que haja respeito em relação as suas limitações. Segundo Oscar Wilde “A insatisfação é o primeiro passo para o progresso de um homem”, e é por isso que hoje existem cerca de 25 mil portadores matriculados em universidades, e mais de 100 mil no mercado de trabalho, 73% deles tem autonomia para tomar iniciativas, compreendem suas limitações e vivem normalmente quando procurado ajuda médica desde cedo, contrariando a ideia de “incapazes”. Desse modo, são capazes de ter uma vida normal desenvolvendo atividades sócias, intimas e profissionais. Apesar da maioria dos homens que possui essa condição genética serem inférteis, alguns se sobressaem e conseguem ter filhos. Dessa forma, São gente como a gente, vivem em uma sociedade onde o preconceito está acima dos conhecimentos dos fatos, e são majoritariamente injustiçados indevidamente como sendo “incapazes”. Devemos acima de tudo ter o devido respeito as suas limitações, pois segundo Helen Keller “ O resultado mais sublime da educação é a tolerância”. Além de respeito, os Governos Estaduais e Federais junto com órgãos como o ministério da saúde devem trabalhar em conjunto, com grandes investimentos, para a construção de clinicas especializadas, área de convívio para pessoas com Síndrome de Down, onde poderão expor suas relações sociais, área de esportes que servirão para desenvolver habilidades motoras, campanhas na internet para levantar o conhecimento sobre o assunto, visto que o principal problema é o inexistência sobre o assunto tratado para a maioria da população e, consequentemente, a privação da relação social dessas pessoas.