Título da redação:

A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Tema de redação: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 07/04/2018

No século XVI houve um redimensionamento da visão com relação á deficiência, que deixou de ser tratada como uma questão moral para ser compreendida por uma abordagem médica. A partir dessa perspectiva os portadores da Síndrome de Down que antes eram marginalizados, hoje devido á avanços médicos têm a possibilidade de uma melhor qualidade de vida. No entanto, é possível destacar inúmeros desafios no que diz respeito á integração social dos portadores dessa condição visto que as escolas não estão preparadas para tal demanda e a disseminação de visões estereotipadas e segregacionistas ainda são latentes na sociedade civil. Primeiramente, segundo Nelson Mandela, a educação é a maior arma que e pode ter para mudar o mundo. Sendo assim, a escola costuma ser um dos mais importantes ambientes de socialização, por conseguinte, deve ser igualitária e democrática, incorporando a todos os frequentadores sem distinção. Porém, no Brasil, o número de indivíduos com a Síndrome de Down com acesso á educação é muito baixo, dos 300 mil portadores apenas 25 estão matriculados em instituições de ensino superior. Logo percebe-se que o caminho para a inclusão não está em dividir a escola em ''normais/especiais'', a integração só se tornará efetiva a partir do momento que a instituição de ensino comece a acolher as diferenças, convertendo-se em ''Uma escola para todos e para cada um''. Vale ressaltar também que a propagação de esteriótipos a cerca dessa condição é um fator que colabora para a segregação desses indivíduos. O sociólogo Pierre Bordieu ratifica que a violência aos direitos humanos não consiste somente no embate físico, desrespeito está sobretudo na perpetuação de preconceitos que atentem contra a dignidade da pessoa humano ou grupo social. Então ao rotular a trissomia do 21 como uma doença que torna o indivíduo incapaz é extremamente nocivo e errôneo pois estudo médicos provam que os portadores podem ter uma vida normal. De acordo com Émille Durkeim, a sociedade pode ser comparada a um ''corpo biológico'' por ser, assim como esse, composta por parte que interagem entre si. Dessa forma as escolas precisam capacitar os professores, por meio de cursos específicos para que possam lidar de forma adequada com os portadores dessa condição. A mídia, por sua vez, deve cumprir plenamente sua função social desmistificando a doença através de campanhas a fim de erradicar o preconceito e promover uma consciência inclusiva. Outras medidas devem ser tomadas, mas como disse Oscar Wilde '' O primeiro passo é o mais importante na evolução e um homem ou de uma nação''.