Título da redação:

A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Tema de redação: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 31/10/2018

Há algum tempo as mídias chamaram atenção para a primeira professora com Síndrome de Down do Brasil. O caso desperta surpresa porque um número ínfimo desses indivíduos ingressa no Ensino Superior ou mesmo entra no mercado de trabalho. Isso ocorre ainda que a maioria dessas pessoas possua autonomia, compreenda suas limitações e conviva bem com suas dificuldades. Nota-se, então, a necessidade de ações para que haja uma real inserção social da pessoa com Síndrome de Down na sociedade brasileira. O principal fator para tal questão é o estigma social enfrentado pelas pessoas com essa alteração genética. O preconceito manifesta-se nos mais diversos meios, e não raramente surge primeiro em casa com a própria família. A esse respeito, o escritor Cristóvão Tezza, pai de um menino com Síndrome de Down, escreveu em seu livro "O Filho Eterno" algumas reações bastante comuns aos novos pais de crianças com a deficiência, que geralmente começam com uma dolorosa fase de negação e rejeição. Apesar da necessidade dos pais dessa fase englobada no chamado “momento de luto”, é importante a compreensão de que o preconceito gerado aí é mais uma afirmação da não inserção social da pessoa com a trissomia. Se a fase da aceitação demora a chegar até mesmo onde deveria ocorrer a aceitação primeira, é inegável que ela se manifeste ao longo da vida do indivíduo. Na escola, por exemplo, o preconceito manifesto na forma de bullying é praticado até mesmo pelos professores, que muitas vezes não estão preparados para lidar com pessoas com deficiência. Já na vida adulta, isso pode ser observado na análise do ingresso dessas pessoas no mercado de trabalho e na vida universitária. Faz-se necessário, portanto, que as esferas estaduais e municipais do governo trabalhem para que a pessoa com síndrome de Down seja, de fato, inserida na sociedade. Para isso suas instituições precisam prover e supervisionar o treinamento dos profissionais da área pedagógica para que esse inclua um real preparo desses profissionais para a lida com pessoas com necessidades especiais e também criar postos de trabalho especiais de acordo com a demanda local. Deste modo, as pessoas com síndrome de Down terão oportunidade de uma vida digna embasada na educação durante a infância e no trabalho durante a vida adulta.