Desde o Iluminismo, que provocou várias revoluções contra o absolutismo, há a ideia que uma sociedade só progride se mobilizada com o problema do outro. Todavia, contrariando esse pensamento, a evolução da integração das pessoas com síndrome de Down tem seu progresso limitado por dois fatores centrais: a falta de incentivos educacionais e o preconceito. É indubitável que falta de incentivos educacionais seja um empecilho para a integração, uma vez que sem uma sociedade educada desde o início de sua formação, torna-se intangível a busca do respeito pelo próximo. Segundo a filosofia kantiana, o homem é produto da educação nele aplicada. Logo, percebe-se que os atuais sistemas educacionais propostos, nos quais os deficientes são separados do resto da classe, não incentivam a interação educacional do portador aos outros alunos. Por conseguinte, cria-se uma cultura de desrespeito, provocando a evasão escolar da pessoa com síndrome de Down, como aponta estudo da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, o qual expõe que dos 300 mil portadores da síndrome, apenas 25 estão matriculados ou já completaram o ensino superior. Consequentemente, é fortificado o preconceito, gerando a exclusão da pessoa portadora da síndrome. Embora a legislação brasileira expresse que os deficientes são plenamente capazes de seus atos civis, o preconceito é dado pelo pensamento que essa não será apta a gerir sua vida, sendo, assim, um empecilho para a sociedade. Aumenta-se, então, a discriminação do indivíduo das áreas sociais, como o mercado de trabalho, no qual, de acordo com o IBGE, apenas 1% dos deficientes conseguiram se inserir. É perceptível, dessa forma, a necessidade da integração social da pessoa com síndrome de Down para que seja alcançado o ideal iluminista de progresso. Portanto, é necessário que o Ministério da Educação integre os indivíduos com síndrome de Down, contratando educadores que possam auxiliar o necessitado dentro da sala de aula, sem sua exclusão. Isso garantirá maior contato educacional. Igualmente, a partir da ideia de Paulo Freire, formará uma sociedade desenvolvida pela cultura da paz, que é educada a conviver com diferentes pessoas, tornando o preconceito obsoleto.