Separam os Olmecas dos Espartanos, pela maneira como lidavam com a condição dos portadores da síndrome de Down. Eram símbolos, de um lado de prosperidade e sorte, do outro, aberração. Duas visões culturais do mesmo problema influenciaram o modo de pensar e produziram modelos de comportamentos na história destas sociedades. Imaginativo. Para os Olmecas a presença destas pessoas representavam toda sorte de fartura, pois acreditavam que seriam semideuses fruto do cruzamento de jaguar e mulheres velhas. Por outro lado, a “racional” sociedade grega, aqueles quem nasciam com alguma deformação física eram descartados. E, por estranho que pareça, esta prática pode ter inspirado a modalidade de arremesso de peso nos jogos olímpicos. De certa maneira aqueles que sobreviviam não escaparam das garras da discriminação sendo chamados por Idiotas. Termo pejorativo pronunciado, pela primeira vez, nos barbudos maxilares gregos, para designar pessoa com problemas cognitivos. Em oposição a esta prática a atitude dos Olmecas, no Golfo do México, embora dramática foi, de fato, uma agradável forma de integração social. Em vista desta situação é de se imaginar que estes “idiotas” prefeririam atravessar o oceano a nado, se soubessem do tratamento que levavam seus semelhantes a 11.000 quilômetros de distância da Grécia. Um dos caminhos, que não tão fantasioso e, muito menos radical começa, primeiro, trespassando as barreiras do preconceito e discriminação, em seguida propondo a família atividades multidisciplinares que trabalhem o desenvolvimento cognitivo, com acompanhamento profissional. E neste sentido, permitir criar um ambiente que favoreça autonomia e inserção social destes indivíduos. Sempre levando em consideração que essas pessoas também possuem cada uma sua personalidade, com suas habilidades e limitações.