Diante de um mundo globalizado, com as redes sociais tendo cada vez mais adeptos, hoje em dia é possível acompanhar e compartilhar notícias, informações, discutir ideias, com qualquer pessoa, de qualquer lugar, sem barreiras e sem preocupar com o tempo e a distância. E uma característica que vem preocupando as autoridades brasileiras, é o compartilhamento das “fake news” -e a velocidade com que elas se propagam- que em ano de eleição, podem impactar diretamente no resultado. Nesse contexto, torna-se necessário analisar como o poder da internet e a falta de uma legislação específica, influencia a problemática em questão. Não seria a primeira vez que as redes sociais causariam um grande impacto na política de um país. Em 2010, através da internet, foi possível presenciar o surgimento de um dos maiores atos políticos já presenciados no Oriente Médio, a Primavera Árabe, movimento que teve início nas redes sociais, com compartilhamento de ideias, que engajou vários protestos e que foi responsável pela queda de ditadores em vários países. De maneira análoga, no cenário político brasileiro, torna-se preocupante o fato que de várias notícias falsas estão sendo divulgadas e compartilhadas diariamente nas redes sociais, notícias essas que por muitas vezes, tem o intuito de manchar a imagem dos candidatos, fazendo com que não haja uma competição justa e que pode influenciar na hora dos votos. Além disso, nota-se, ainda, que a falta de uma legislação que criminalize e penalize àqueles que compartilham as notícias falsas é um fator que contribui ao crescimento da prática. Atrelado à sensação de impunidade, o anonimato, providenciado pelas redes sociais, faz com que o ato de criar e difundir as fake news seja cada vez mais fácil e acessível a qualquer pessoa. Desse modo, podendo, cada indivíduo inventar e compartilhar qualquer ideia e informação, de qualquer conteúdo, sem se preocupar com as consequências. Torna-se evidente, portanto, que medidas imediatas precisam ser tomadas, para que se possa ter uma eleição justa e limpa esse ano. Cabendo às empresas privadas, como Facebook e Twitter, juntamente com a Policia Federal se empenharem na monitorização e policiamento dos conteúdos postados pelos usuários, com o intuito de reduzir a incidência e diminuir a quantidade de notícias falsas postadas e compartilhadas. E ao Tribunal Superior Eleitoral juntamente ao Senado, na criação de legislações que punam, seja por reclusão ou pagamento de multas os que cometem tal crime, para que assim, entendam a gravidade do ato. Dessa forma, será possível com que somente a verdade seja decisiva na hora do voto.