Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A influência de "fake news" no cenário político brasileiro

Redação enviada em 19/08/2018

O golpe militar de 1964 - que deu início a um regime ditatorial no Brasil - teve desde 1961 uma campanha intensiva de desestabilização do governo através da divulgação de falsas informações em jornais. Hoje, as novas tecnologias mudaram a relação entre informação divulgada e pesquisada, isto é, notícias que manipulam a opinião pública e reforçam crenças pessoais são compartilhadas sem comprovação de veracidade. Em primeiro lugar, é importante destacar que a divulgação de falsas notícias manipula o pensamento público. Durante o regime nazista, na Alemanha, mentiras conscientemente organizadas eram parte da metodologia de controle de Hitler. No Brasil, apesar do termo “fake news” ser recente, as falsas notícias sempre existiram. A diferença é que hoje a “desinformação” conta com uma grande categoria humana de replicação e compartilhamento. Dessa forma, setores políticos investem na mentira como um meio de domínio de mentes para adquirirem o apoio que precisam. Percebe-se, ainda, a maior disseminação de mentiras, principalmente, durante o período eleitoral. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística (IBOPE), em 2017, mostrou que a maioria dos entrevistados afirmaram que as mídias sociais irão influenciar sua decisão de voto nas eleições presidenciais de 2018. Dessa forma, fica claro que essa influência afeta a população em vários níveis, visto que é nesse período onde ocorre a maior proliferação de mentiras. Ou seja, a sociedade poderá escolher um candidato que a representará baseado em informações inverídicas. Fica evidente, portanto, o quanto o compartilhamento de falsas notícias interfere no meio político brasileiro. É necessário mediar a absorção da informação que se recebe na rede. Para isso, a educação virtual é a ferramenta mais importante. As Secretarias de Educação municipais em parceria com as prefeituras devem desenvolver oficinas e cursos nas escolas, ministradas por especialistas, que envolvam os pais dos alunos a fim de ensinar adultos e crianças a como identificar e filtrar conteúdos falsos na internet. Assim, será possível fazer do ambiente virtual fonte de informações concretas e não um propagador de mentiras.