No limiar do século XXI, é perceptível que a tecnologia e o avanço da ciência e informação são utilizados para inteirar os fatos celeremente. Entretanto, os frequentes e intensos casos de notícias falsas que circundam a internet, conhecidas como "Fake News", estão trazendo fatos de maneira extralegal,principalmente no campo que tange à política. Com efeito, não há dúvidas de que a falta de cognição à determinado assunto, além dos objetivos partidários que há por trás as notícias , são as principais causas para a disseminação de relatos falsos no espaço político das redes virtuais. Em primeiro plano, é notório que o Brasil tem um público muito ativo na internet. De acordo com a agência We Are Social 87% dos brasileiros são usuários ativos das redes sociais no Brasil e podem ser expostos à notícias falsas. Há de se considerar que esse gigantesco número de usuários muitas vezes compartilham notícias políticas sem ao menos procurar a fonte jornalística, fazendo repercutir fatos sem veracidade. Isso acaba disseminando uma" Fake News" política, que tem por objetivo tumultuar o processo, onde pessoas recebem informações, sobretudo de interesse. Portanto, não é razoável continuar com essa prática dispersora de uma comunicação astuciosa que prejudica o andamento político do Brasil. De outra parte, o sociólogo Zygmunt Bauman defende na obra" Modernidade Líquida",que o individualismo é uma das principais características da pós-modernidade, já que, a criação de notícias fictícias por parte das mídias e jornais ,mesmo que inconcessa ,é uma das medidas mais utilizadas na sociedade atual. Nesse sentido, é perceptível que determinados sites de comunicação buscam manter influências políticas, beneficiando o seu lado político ou desfavorecendo a oposição. Pode-se citar, por exemplo,os dois milhões de perfis onlines brasileiros que compartilham notícias políticas falsas. Não há dúvida de que perfis assim, além de serem inconcessos , degradam o espaço virtual deixando dúvida à população do que é verídico ou fictício. Urge,portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar as notícias falsas do cenário político brasileiro. Cabe aos cidadãos repudiar qualquer fato que não tenha autoria confiável ou que as fontes sejam desconhecidas, por meio de uma melhor pesquisa e entendimento do assunto antes de compartilhar. Ao Ministério Público, juntamente com o Tribunal Eleitoral, compete promover ações judiciais pertinentes ,como a melhor fiscalização e filtração de notícias políticas falsas na internet, para disseminar essa prática extralegal.Assim, observada a ação conjunta entre população e poder público alçará o país a verdadeira posição de estado político, além de romper com as ações individualistas aludidas por Bauman.