Com a viralização das redes sociais, nota-se a ocorrência do compartilhamento de notícias falsas. Como vem se aproximando o período eleitoral, esses episódios tornam-se mais frequentes. As pessoas que produzem os conteúdos falsos se aproveitam de seu público alvo e da atual situação intelectual que se encontra a sociedade. Além disso, não é levado em conta o peso que uma informação possui. As informações que um indivíduo recebe determinam a maneira que o mesmo agirá a partir dela, o que as tornam bastante relevantes. A política atual apresenta grande divergência ideológica, dessa maneira há uma tendência de se fazer notícias reforçando o próprio posicionamento a fim de convencer ao próximo, não se importando com a veracidade da mesma. Infelizmente, o público-alvo dessa problemática são os grupos mais fragilizados, como os analfabetos funcionais e as populações carentes. Deve-se ressaltar que essas pessoas são extremamente vulneráveis, visto que são desprovidas de embasamento para criticar as notícias recebidas. Muitas das vezes, uma opinião é defendida com base em uma simples publicação no facebook, sem fontes que mostrem estudos capazes de comprová-la. Ao compartilhá-la, há o risco de ser defendida em forma de discurso de ódio, o que causa inúmeras discórdias e brigas, baseadas em algo que é fictício. Isso ocorre porque as pessoas não duvidam das informações que chegam até elas. De acordo com o filósofo francês Descartes, deve-se duvidar de qualquer ideia que não seja clara e distinta. Portanto, deve-se observar a fonte e compará-las com outras informações, para então compartilhá-la. É necessário que o Ministério da Educação invista em educação básica, como forma de adquirir senso crítico. Haverá estímulo para filtrar a informação de acordo com ela estar certa ou errada, e não com a vontade de acreditar nela. Por meio de aulas que ensinem como funciona o sistema político, o ser humano será instruído a exercer o seu papel de cidadania, ajudando assim, a construir uma sociedade melhor.