Com o avanço do século XVIII e o surgimento do capitalismo informacional, o uso da internet e das redes sociais sofreram ascensão nas últimas décadas. Para o filósofo polonês, Zygmunt Bauman, as redes sociais são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha. Sob a perspectiva de Bauman, convém analisar as principais armadilhas impostas nas redes sociais quando o assunto a ser tratado é eleição brasileira e as “fake news”. Deve-se pontuar, de início, que no Brasil, segundo dados da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro, em 2016 o número de brasileiros que tinham acesso à internet era de 70% do total da população, a qual a maioria diz fazer uso das redes sociais. Assim, em um país com tantos usuários do Facebook, Twitter e Instagram, a informação sobre política é rapidamente disseminada e, nem sempre apresentam conteúdos confiáveis, o que pode influenciar, por meio de mentiras (fake News), os resultados políticos. Tal situação é inaceitável e deveria ser analisada, uma vez que a escolha de um representante político influência, consideravelmente, a vida dos brasileiros. Além do mais, ressalta-se que os próprios candidatos envolvidos nos processos eleitorais podem lançar notícias de calúnias e difamação em seus adversários por intermédio de perfis falsos, ademais, supervalorizar suas campanhas, o que pode influenciar os cidadãos no momento de votar. Para Lénin, comunista e político russo, o crime é produto dos excessos sociais. A partir dessa ótica, a sociedade deve manter cautela sobre os abusos das redes sociais e ao mesmo tempo, desenvolver um senso crítico em frente as tecnologias capitalistas. Dessa forma, poderia diminuir, formidavelmente, o número de informes desprovidos de verdade compartilhados na internet. Dessarte, medidas são necessárias para resolver esse problema. É indispensável que o Ministério da Educação, em parceria com as escolas públicas, invista em programas educativos, como palestras, campanhas sociais e aulas elucidativas, tendo por finalidade explicar a importância de manifestar um olhar seletivo e crítico diante das informações compartilhadas nas redes sociais, alertando sobre os perigos do uso excessivo dessa tecnologia, principalmente nas questões de cunho político. Além disso, seria importante que esses programas fossem reproduzidos desde os primeiros anos escolares, pois a sociedade tem sido introduzida precocemente a esses meios de comunicação. Dessa forma, teria-se o uso mais consciente e produtivo das redes sociais, amenizando as armadilhas do capitalismo informacional e contrapondo a citação feita por Bauman.