Não à Poesia Marginal nos tempos atuais No Brasil, na década de 70, escritores revoltados com a ditadura militar propagavam insultos aos governantes através da Poesia Marginal. Entretanto, a influência de “fake news” na política brasileira vêm expondo um cenário semelhante em pleno século XXI no Brasil: notícias sendo espalhadas sem fontes confiáveis influenciando na opinião da dignidade dos candidatos às eleições. Tal ato deveria ser reformulado ou impedido, pois, além de prejudicar candidatos sérios, pode levar a desistência de eleitores irem votar por falta de credibilidade em seus candidatos. Embora a Constituição Federal de 1988 não caracterize as “fake news” como crime, muitos dos conteúdos contidos nessa prática ferem o princípio da dignidade eleitoral de candidatos honestos. Como exemplo pode-se citar o candidato à presidência do Brasil, Bolsonaro: onde afirma-se em “fake news”, que ele é homofóbico, ditador e machista. Dessa forma, pode-se intervir nos votos de pessoas gays, socialistas e mulheres feministas. Assim, fica equivalente à Poesia Marginal que publicava cartazes e folhetos sobre a política da época. Conforme disse Cazuza, o futuro repetindo o passado. Além disso, muitos eleitores não vão às urnas por desacreditarem na dignidade de seus candidatos. Logo, há uma grande porcentagem de votos nulos, brancos e as abstenções, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ademais, muitos candidatos já perderam eleições por causa das calúnias, injurias e difamações, tornando visíveis os malefícios da prática. Em suma, notícias falsas vêm gerando descrença a muitos eleitores brasileiros. A fim de que, essa caótica questão seja elucidada ou minimizada, torna-se necessário que tal ato seja criminalizado. Para que isso ocorra, faz- se imperativo que o Estado condene tais práticas de “fake news”, que a mídia informe sobre o tema e que as redes sociais colaborem com as investigações necessárias e possíveis punições, como medidas socioeducativas aos geradores. Tendo assim, a Poesia Marginal ficará presente somente no passado.