Na Franca, no século XVIII, havia jornais de boatos chamados "canards" usados, muitas vezes, como manobra política. Atualmente, na sociedade brasileira, os "canards" deram lugar às redes sociais, onde a divulgação de "fake news" é intensa e completamente influente no cenário politico. Nesse contexto, deve-se analisar como os interesses midiáticos e a sociedade colaboram para tal problemática. A mídia e seus interesses politico-econômicos são, claramente, os principais responsáveis pela disseminação das "fake news". Tendo em vista o grande número de curtidas e compartilhamentos, as noticias falsas geram muito mais engajamento na rede que as verdadeiras. Com isso, considerando o contexto político atual brasileiro, usuários geram boatos destinados a um público que já tenha uma opinião desfavorável em relação aos personagens envolvidos, com a intenção de serem monetizados e de gerar divisão política. Além disso, a própria sociedade é responsável pela manutenção do problema. Isso ocorre porque, em grande parte, usuários das redes sociais não checam a veracidade das informações em sites confiáveis. Sendo assim. o compartilhamento é automático, tendo em vista que são mensagens atrativas e de interesse. Isso pode ser perfeitamente observado em campanhas eleitorais, onde inúmeras mensagens falsas sobre candidatos são compartilhadas. Além disso, uma pesquisa realizada pelo G1 apontou que 40% das pessoas não conseguem detectar imagens manipuladas. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O governo, em parceria com responsáveis das redes sociais, deve instituir políticas de denúncia e punição aos usuários que se apropriarem de mentiras para ganhar maior visibilidade. Além disso, a mídia e ONGs podem atuar na conscientização da sociedade sobre mecanismos de indentificação de informações falsas. Dessa forma, a disseminação de "fake news" poderá ser controlada e deixará de ser um problema na sociedade atual.