No cenário Nacional, a modelação da opinião política da sociedade a partir de notícias falsas tornou-se uma problemática recorrente. Nesse contexto, a falta de empenho da população em pesquisar sobre a veracidade das informações recebidas, somada à facilidade de propagação de boatos nas redes sociais, cria um ambiente propício para a alienação dos indivíduos quanto aos temas políticos. Logo, urgem medidas que minimizem esse quadro caótico. É notório que a praticidade da divulgação de informações oferecida pela internet torna possível que essas notícias falsas alcancem um grande contingente populacional. Segundo levantamentos da Universidade de São Paulo, cerca de 12 milhões de pessoas difundem "fake news" sobre política no Brasil. Assim, diante desse grande alcance, é perceptível o poder que essas desinformações possuem para influenciar a opinião política brasileira. Outrossim, percebe-se que a falta de criticismo da população em relação às notícias recebidas colabora com a propagação de "fake news". Nesse viés se encaixa a definição de "fast food intelectual", criado pelo escritor Augusto Cury, em que tudo é pronto como um hambúrguer e os indivíduos não elaboram as informações, nem praticam o questionamento e o idealismo. Dessa forma, o desconhecimento da sociedade se torna um terreno fértil para a manipulação social e cria a base para a desinformação política. Tendo em vista o perigo representado pela divulgação de notícias falsas no cenário político, tornam-se necessárias medidas que as evitem. Cabe ao Ministério da Educação expor cartilhas nas redes sociais e comerciais televisivos com orientações aos indivíduos de como evitar "fake news", verificando a informação em fontes variadas. Ademais, é importante que os partidos políticos combatam essas desinformações, usando os meios comunicativos para explicá-las, objetivando oferecer a população uma fonte segura para se informar.