Título da redação:

Eleitores desinformados

Tema de redação: A influência de "fake news" no cenário político brasileiro

Redação enviada em 29/08/2018

Segundo o Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação ( GPOPAI), dentro das dez notícias mais lidas pela sociedade, seis são fabricadas. Esse dado revela o quanto as "fake news" estão presentes na dieta informativa dos cidadãos brasileiros, que correm o risco de serem enganados a respeito de questões políticas. Diante dessa ameaça às eleições gerais de 2018, vê-se necessária a aplicação de uma medida cujo objetivo seja solucionar esse problema. Primeiramente, é relevante citar que a falta de orientação da população a respeito de notícias falsas e o comodismo de acatar como verdade toda informação recebida, simplesmente por ela estar em uma determinada rede social, são fatos que fortalecem a atuação das "fake news". Dessa forma, a sociedade não somente lê fatos inverídicos diariamente, como também compartilha por meio do Facebook e do WhatsApp. Essa disseminação afeta questões políticas, uma vez que as "fake news" são utilizadas para manipular conteúdos, prejudicar e difamar adversários em eleições, além de gerar desinformação, resultando em uma sociedade confusa e sem um direcionamento adequado na hora da votação. Um exemplo disso foi a eleição do presidente americano Donald Trump, que, graças a veiculação de notícias fabricadas em seu favor, como a que afirmava o apoio do papa Francisco, foi beneficiado no período eleitoral. Em segundo lugar, é importante destacar que essa insipiência da população em relação à política afeta as eleições gerais, visto que as notícias falsas e a manipulação de informações pode direcionar o cidadão a votar em um candidato com o qual normalmente não se identificaria. Com isso, as "fake news" contribui para a posse de governo por indivíduos que não proporcionarão melhorias no país e que podem ter um histórico de corrupção, a qual foi mascarada por conteúdos enganosos. Além disso, um determinado governador, aproveitando da alta propagação desses fatos inverídicos, pode recorrer ao jargão -"fake news"- para rotular qualquer informação que prejudique a imagem política dele. O resultado disso é a fragilização da credibilidade de veículos de mídia confiáveis e da democracia. Em suma, verifica-se que é fundamental que a Justiça Eleitoral brasileira, com a colaboração dos provedores de sites utilizados para distribuição de notícias fabricadas, elaborem leis punitivas direcionadas para os criadores de "fake news". Essa medida, somada com a efetiva aplicação dos programas de checagem de informações, poderá combater as fontes enganosas, eliminando essas da internet e condenando os responsáveis, que sejam brasileiros, a um determinado período na prisão. Assim a probabilidade de um cidadão estar tendo acesso a uma "fake news" será reduzida, possibilitando a restauração de eleitores bem informados.