De acordo com o Método Cartesiano, estabelecido pelo filósofo francês René Descartes, um indivíduo deve identificar como falso tudo aquilo que possa ser posto em dúvida, dessa forma, estaria estimulando seu pensamento racional. Diante disso, nos dias atuais, tal metodologia relaciona-se intrinsecamente com a conjuntura da sociedade brasileira, que sofre diariamente com a propagação de notícias falsas e suas consequências ao cenário político nacional. Com base nisso, faz-se necessária uma discussão a respeito do tema, divido à enorme alienação que a população sofre, além dos danos causados à democracia, como a influência em resultados de eleições. A princípio, é relevante destacar que nos últimos anos a propagação de "fake news" tem atingido níveis grandiosos. Segundo o Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para Acesso à Informação (Gpopai), aproximadamente 12 milhões de pessoas compartilharam conteúdos falsos, somente em junho de 2018. Por conseguinte, o panorama político sente-se abalado, visto que os cidadãos são facilmente influenciados e passam a acreditar em inverdades sobre certos atores políticos, fato que pode modificar os rumos de um processo democrático. Além disso, quando não se têm tantos mecanismos fiscalizadores que possam inviabilizar a propagação dessas informações, torna-se mais complicado o combate a esse mal. Ademais, a imagem de diversos candidatos é prejudicada, pois mentiras sobre suas vidas pessoas e profissionais servem como arma, deixando os eleitores condicionados e alienados diante da escolha diante das urnas, ato prejudicial à democracia. Levando em consideração esses aspectos, é evidente que a propagação de "fake news" deve ser freada, para que os processos democráticos corram com maior fluidez. Para isso, o Estado, junto aos Agentes fiscalizadores da internet, deve estar atento e invertigar notícias que têm como objetivo a interferência e influição do pensamento e de opiniões que gerem afastastamento da verdade. Logo, com o corpo social atento a esses fatos enganosos, todo e qualquer informe de caráter duvidoso será posto à prova, para que assim, como no Cartesianismo, o uso da razão seja primordial.