A internet e os aplicativos de celular possuem duas faces. Ao mesmo tempo em que facilitam a comunicação entre as pessoas, o acesso aos serviços e o inter-relacionamento entre grupos diversos, de trabalho e familiares, promovem a divulgação de notícias falsas sobre diversos temas. Sem fundamento, essas notícias podem ser bastante prejudiciais ao dia-a-dia das pessoas. Como exemplo de notícias que carecem de base científica estão aquelas que afirmam que o peixe panga é extremamente prejudicial à saúde, não se deve colocar flúor nos dentes porque a substância ataca o coração, dezenas de pessoas foram infectadas ao tomar a vacina contra o sarampo e assim por diante. Não se sabe se essas notícias são verdadeiras, mas até que ocorra a sua verificação final, milhares de pessoas deixaram de comprar peixe, cuidar dos dentes, tomar vacinas necessárias, dentre outras providências sem sentido. As notícias falsas também são utilizadas como armadilhas por golpistas. Em consequência, surgem agências de empregos imaginárias, venda de veículos e produtos que nunca serão entregues, importações que não se concretizarão. Ao perceber que há uma lacuna entre a verdade e a verificação de boatos, indivíduos inescrupulosos compreenderam que isso pode ser uma vantagem em uma corrida eleitoral, por exemplo. Espalhar boatos pode ser uma forma de prejudicar um candidato. Dele pode ser dito que pretende congelar salários e aposentadorias ou que planeja aumentar as passagens de ônibus. Também existe a possibilidade de acentuar ou criar defeitos inexistentes e assim rotular o postulante a político de ‘fraco’, ‘desonesto’, ‘viciado em bebidas ou drogas’, ‘agressor de mulheres’. Tudo pode ser dito e, enquanto não ocorre uma verificação efetiva, o estrago já terá sido feito. Felizmente, para evitar a divulgação de notícias falsas, os veículos de comunicação de massa já têm adotado algumas medidas tais como um selo que atesta a veracidade da informação. Além disso, quando os responsáveis pelas redes sociais decidem investigar aqueles que propagam inverdades e eliminá-los das redes sociais, impedindo que continuem a agir, tal ação é altamente benéfica à sociedade. É necessário que o Estado puna os causadores e aqueles que os patrocinam visando interesses escusos, nem que seja enquadrando-os nas leis já existentes de calúnia, difamação, estelionato e falsidade ideológica. É muito importante que a população tenha acesso às informações verdadeiras. Desse modo, ninguém sairá prejudicado e a verdade prevalecerá, evitando prejuízos financeiros e morais para todos os cidadãos.