A influência de “Fake News” no cenário político Brasileiro Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos direitos humanos garante a todos os indivíduos o direito à liberdade de opinião e expressão. Conquanto, a disseminação de notícias falsas no cenário político brasileiro interfere diretamente no exercício da prerrogativa de cada indivíduo, isso porque fundamenta-se no desprezo a discursos alheios a fim de que se promova uma divisão e uma desinformação popular. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro. Em primeira análise, cabe acentuar que as “Fake News” comumente são utilizadas na política brasileira, por eleitores ou pelos próprios candidatos, como ferramentas de ganhos financeiros ou de poder perante a sociedade civil. Comprova-se isso por meio do golpe instaurado nos anos de 1937, pelo Presidente Getúlio Vargas, que veiculou nas plataformas midiáticas da época um falso documento, na intenção de manter-se no poder por mais tempo. Diante do exposto, é inadmissível que se negligencie essas práticas avessas à democracia Ademais, convém frisar que a desinformação à respeito da veracidade de conteúdos políticos tendenciosos, contidos em páginas digitais, é significativamente prejudicial a credibilidade das campanhas eleitorais dos candidatos envolvidos, visto que a repercussão dessas matérias no meio virtual tem maior potencial de alcance que quaisquer meios comunicativos físicos (jornais, revistas, folhetos..).Uma prova disso está no levantamento feito pelo Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para Acesso a Informação (GPOPAI), que ao analisar 500 páginas criadoras de “Fake News” obteve um indicativo médio de alcance de 200 seguidores por usuário. Diante de tal contexto, verifica-se a importância de novas políticas combatentes a desinformação no âmbito virtual, a fim de que se promova a minimização dos efeitos danosos à política brasileira. Portanto, medidas são necessárias para resolver esse problema de modo que garanta a solidificação de um justo cenário político no país. Dessa maneira, o Tribunal Superior Eleitoral em parceira com o Ministério da educação deve promover campanhas midiáticas didáticas com ênfase no âmbito virtual de modo que ajude as demais faixas etárias a identificar e a denunciar conteúdos inverídicos, através das ferramentas indicadas, como a procura por mais fontes a respeito do conteúdo, a verificação da plataforma ou da data da publicação do conteúdo, entre outros indicantes de veracidade. A partir dessas ações, espera-se promover uma melhora nas condições atuais no cenário político brasileiro superando assim os efeitos da desinformação social.