A internet trouxe às pessoas a possibilidade não só de se informar em tempo real, como de serem propagadores dessas informações. Apesar do benefício dessa liberdade, a veiculações de notícias falsas, ou "fake news", pode prejudicar a imagem de cidadãos, ocupantes e aspirantes a cargos públicos, vindo a alterar o resultado de eleições, inclusive. Considerável parte do tempo do brasileiro é investido na internet, uma média de 5 horas por dia, segundo matéria publicada pelo portal de notícias G1. Dentre o uso corriqueiro de rede sociais, a atividade de compartilhamento de imagens e informações tornou-se ato banal. Feito sem preocupação sobre a veracidade dos fatos e o impacto que as notícias terão sobre a sociedade, o ato gera grande corrente de desinformação em pouco tempo. Em escala nacional, os efeitos podem ser devastadores. Durante as eleições presidenciais de 2016 nos EUA, por exemplo, notícias em massa, acusando o então presidente, Barack Obama, de não ser americano nato, o forçaram a expor sua vida pessoal à mídia, provando o contrário. Fosse ele um candidato à reeleição, poderia ter perdido milhões de eleitores. A política brasileira, em especial, neste ano de eleições presidenciais, segue sujeita a esse tipo de problema. O Estado deve manter campanhas contra a difusão dessas notícias, com o apoio da mídia oficial e veículos confiáveis. Quanto à legislação, é preciso revisitar as normas e princípios de comunicação através dos meios digitais e combater o anonimato, com medidas que responsabilizem os difamadores com mais rigor. Uma vez que o uso da internet se torne mais consciente, será possível reduzir a influência da desinformação, não só em processos eleitorais, mas em diversos âmbitos da comunicação digital, permitindo que se possa exercer a cidadania de forma mais correta e imparcial.