As "fake news" são notícias falsas que, hoje em dia, circulam, principalmente, por meio das redes sociais, propagando-se em uma velocidade surreal, alcançando milhares de pessoas ao mesmo tempo. Notícias falsas influenciam o cenário político brasileiro desde primórdios da sua história, que, mesmo não possuindo, como atualmente, um meio de disseminação tão avançado, essas notícias propagaram-se rapidamente e provocaram grande alvoroço no cenário político brasileiro. A exemplo disso, tem a Guerra de Canudos, ocorrida no final do século XIX. Boatos de que Antônio Conselheiro invadiria Juazeiro começaram a se espalhar pela Bahia. Isso foi o estopim para o início da guerra, pois as autoridades locais resolveram atacar Canudos primeiro antes que Canudos as atacassem. Mais de 25 mil pessoas foram mortas nesse combate. Outrossim, é importante ressaltar também, durante a Era Vargas, a divulgação do Plano Cohen, que seria um atentado organizado pelos comunistas. Essa notícia deixou a população brasileira atemorizada. O Plano Cohen, contudo, era uma farsa, e foi, apenas, uma estratégia de Vargas para se manter no poder. Logo, é perceptível os grandes impactos causados pela proliferação das fakes news. Nos dias de hoje, com o avanço das tecnologias de comunicação, houve, da mesma forma, um aumento na difusão das notícias falsas. Durante épocas de eleições, isso se intensifica mais. Notícias de cunho político desmoralizando ou enaltecendo partidos e figuras políticas é o que mais se vê. A Fundação Getúlio Vargas fez um levantamento no qual foi constatado que robôs foram responsáveis por 10% do engajamento no debate de conteúdo político nas redes, em 2014. Para 2018, é de se imaginar que os recursos com o objetivo de enganar massas eleitorais por meio digitais tenham ainda mais destaque. Dessarte, urge tomar medidas consistentes para que a propagação dessa notícias seja reduzida. Com auxílio de uma maior parcela dos impostos arrecadados pela Receita Federal, o Tribunal Superior Eleitoral, juntamente ao Centro de Defesa Cibernética do Exército, deve estabelecer acordos ou parcerias com os administradores das principais redes sociais - Instagram, WhatsApp, Facebook - a fim de que sejam fiscalizadas o máximo possível de publicações inseridas nelas, por intermédio da inserção de programas detectores. Equitativamente, fontes que publicaram tal notícia e perfis que compartilharem devem ser investigados e penalizados de acordo com o Artigo 41 da Lei de Contravenções Penais. Assim, reduzir-se-á a propagação das fake news no atual cenário político brasileiro.