Após a Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, foi promulgado o direito a liberdade de expressão. Com a contribuição da internet, esse direito se tornou fundamental para a democratização de informações, visto que essa rede difundiu novos canais de divulgação. Todavia, a liberdade exacerbada resultou na manipulação de informações e notícias – nomeadas como “fake news” – que por sua vez influenciam de forma negativa dentro do cenário político brasileiro. No campo eleitoral, é notável a ação dos políticos disseminando notícias falsas para se queixar de algum assunto. Como por exemplo, pode-se citar a atitude de Carlos Bolsonaro ao publicar em sua rede social uma notícia sobre os pedófilos adentrando no movimento LGBT, usando esse boato como justificativa para dirigir ataques contra o movimento. Outra falácia, que gerou destaque nos debates políticos das eleições presidenciais de 2018, foi a citação de Cabo Daciolo usando o “Plano Ursal” (projeto inexistente que traria o socialismo a América Latina) para levantar desvantagens em relação ao seu concorrente, o candidato Ciro Gomes. Além disso, a disseminação de boatos falsos podem prejudicar as campanhas presidenciais das eleições de 2018, assim como se destacou nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016. A editora do site de checagem Politifact Angie Holan relatou que apenas 4% das 474 falas do presidente Donald Trump foram categorizadas como verdadeiras. Por outro lado, torna-se árduo combater ou evitar a propagação das “fake news” dentro do cenário eleitoral visto que 87,7% dos brasileiros – de acordo com a agência We Are Brazil – são usuários ativos nas redes sociais e podem ser vítimas das notícias falsas. Diante dos fatos apresentados, pode-se concluir que há uma complexidade para combater a manipulação de notícias visto que elas estão vinculadas com a liberdade de expressão. Como solução, escolas municipais poderiam realizar campanhas que educam os estudantes a como disseminar informações na internet, dando aulas de como evitar o compartilhamento de falácias e ensinando como filtrar as notícias aos quais lhe são expostos. Outra solução pode ser feita com a contribuição de técnicos formados ou estagiários de informática, criando um sistema no qual seja possível identificar automaticamente uma “fake news”, de forma que esse programa possa ter livre acesso aos 87,7% dos usuários ativos da internet.