A partir de meados do século XX, as tecnologias tornaram-se ferramentas importantes para o desenvolvimento produtivo da maior parte dos países desenvolvidos. Todavia, apesar da dinamização da produção e da intensificação do trabalho, os sistemas educacionais ainda não conseguiram aproveitar as possibilidades oferecidas pelos novos espaços de conhecimento. Nessa perspectiva, o investimento em novas tecnologias pode resultar na melhora da qualidade da educação e, consequentemente, possibilitar o desenvolvimento econômico. O investimento em novas tecnologias, se empreendido de forma inteligente e estratégica, pode mudar drasticamente a qualidade da educação. Sob essa ótica, basta analisar prestigiosas universidades que estão na vanguarda do uso da tecnologia, como as renomadas Stanford e a Universidade de Cambridge. Esta última, por exemplo, utiliza blogs, podcasts e lousas interativas em aulas de inglês, além de aulas online. Assim, a formação do conhecimento e a conectividade modificam a posição do aluno no processo pedagógico, impulsionando o aprendizado e criando alunos mais criativos e interativos. Ademais, como salientou Moacir Gadotti, educador brasileiro, o conhecimento tem presença garantida em qualquer projeção sobre o futuro, ou seja, a formação de estudantes impactados pela qualidade do ensino mesclado à tecnologia é um fator para o desenvolvimento socioeconômico, visto que os alunos podem buscar solucionar problemas sociais e melhorar a qualidade de vida das pessoas, tal como estudantes de escolas públicas estaduais de São Paulo que, por meio de aulas e workshops sobre engenharia e empreendedorismo, desenvolveram projetos de acessibilidade para deficientes em uma universidade particular de São Paulo. Sendo assim, é de extrema importância a atuação de órgãos governamentais para a melhora da educação no atual contexto tecnológico. Para isso, é preciso que o MEC invista em aparatos digitais, por meio de recursos financeiros repassados para as escolas e universidades do país, com o objetivo de melhorar o ambiente de ensino e possibilitar a criação de projetos voltados à comunidade e à indústria. Desse modo, de forma gradativa, a educação brasileira poderá dar um passo a frente rumo à níveis internacionais.