As bibliotecas, na Idade Média, ficavam dentro dos mosteiros, dessa forma o conhecimento era restrito, durante séculos as informações ficaram sob posse da igreja Católica, que por sua vez tentou ao máximo manter seu poder, dificultando o acesso das informações por parte dos cidadãos. Desse modo, é possível perceber que permitir maior pulverização do conhecimento é a melhor forma de criar cidadãos conscientes e mais aptos as mudanças contemporâneas, portanto, inserir tecnologias nas instituições educacionais é primordial para democratizar o ensino. Para o educador Anísio Teixeira, o mundo está em transformação, sendo assim exige “uma educação em mudança permanente, em permanente reconstrução”. Tal perspectiva alinha-se exatamente com a necessidade do uso das tecnologias na educação brasileira, apesar de muitas pessoas terem acesso ao mundo online, há uma falta de integração entre a cibercultura e a escola. A aula expositiva, reprodução de um modelo educacional do século XIX, não consegue prender a atenção e atender as exigências modernas em interconectar os dados teóricos com a prática, dessa maneira, formando indivíduos e futuros profissionais inaptos a lidar com as constantes mudanças. Os benefícios da inserção da tecnologia na educação podem alavancar a aprendizagem, pois o aluno pode se tornar ator da aprendizagem, e não somente coadjuvante, em que recebe informações prontas. Permitiria também um acompanhamento do desempenho individual, por meio de aplicativos para resolução de exercícios, videoaulas e jogos de fixação da matéria. Todas essas ferramentas tornam-se atrativas e podem contribuir com a diminuição de reprovações e evasão escolar. Contudo, há alguns empecilhos para uma completa integração entre educação e tecnologia, entres eles estão a falta de infraestrutura, equipamentos adequados e capacitação dos professores. Por conseguinte, investir em tecnologias educacionais é uma necessidade contemporânea, a fim de propiciar melhores formas de educação aos cidadãos. À vista disso, é fundamental que o Ministério da Educação (MEC), invista maiores verbas na infraestrutura e equipamentos para as escolas e universidades. Cabe ainda ao MEC, em parceria com instituições públicas e privadas, o desenvolvimento de aplicativos para educação, e cursos de capacitação dos professores.