No século XX, o relatório de Brundtland fora um dos precursores para o início do desenvolvimento sustentável, com ideias de usar a natureza de modo a não intervir nas gerações futuras. Entretanto, o Brasil, apesar de acordos ambientais assinados, como o RIO+20, encontra dificuldades em segui-los, o que torna conveniente citar o consumo exagerado da população, bem como as atividades insustentáveis de empresas, em virtude de esses serem as principais razões que dificultam a conclusão dos acordos. Primeiramente, o consumismo extremo que há na população intensifica o uso desenfreado de elementos da natureza, na medida em que quanto mais se compra, mais é preciso usar daqueles para a produção industrial, o que está a seguir uma lógica em que tais recursos não têm fim. Contudo, esse fato se relaciona apenas com o conceito de potencial biótico, que em ecologia é um padrão ideal no qual o meio ambiente pode ser usufruído infinitamente, o que é antagônico à realidade, visto a limitação desse. Ou seja, na atual sociedade brasileira, há uma cultura de que pode se aproveitar constantemente de produtos industrializados, como se o que os originam fossem inesgotáveis. Consequentemente, isso corrobora para uma constante escassez ambiental, além de contribuir para o problema da poluição. Outrossim, ainda há as ações tidas por empresas as quais ampliam o uso inadequado do que a natureza tem a oferecer. A principal causa disso é que o Brasil não balanceia devidamente as atuações de tais instituições, o que está em incoerência com o modelo de um Estado neoliberal, o qual possui como prerrogativa a regulamentação das atividades empresariais. Por conseguinte, empresários, principalmente os de indústrias de base, tendem a ter atitudes insustentáveis e intensificam, concomitantemente, a degradação do meio ambiente, sem se preocuparem com o futuro das gerações, ao seguir apenas a lógica capitalista do mercado comercial. Portanto, é necessário que o Estado, por meio da ampliação fiscal das atividades empresariais, além de multas, regulamente com mais eficácia as ações de corporativas, com o intuito de que essas tenham atitudes ecológicas perante os recursos naturais. Ademais, para que se crie um pensamento sustentável na sociedade civil, é indispensável o Ministério da Educação, nas unidades de ensino, fomentar informações das consequências do consumismo exagerado tido pelas pessoas, desde o nível fundamental, com conteúdos específicos sobre o assunto em aulas, bem como propagandas midiáticas. Com isso, consequentemente, o Brasil tornar-se-á um país que se preza o cuidado com as gerações futuras para que elas não sejam prejudicadas com a atuação da contemporaneidade.