Título da redação:

Ultima tentativa

Tema de redação: A importância de se discutir doenças mentais na contemporaneidade

Redação enviada em 24/04/2019

O asco provocado pelos horrores da Segunda Guerra Mundial trouxe mudanças globais em nível de direitos humanos. Após o acontecimento, a Declaração dos Direitos Humanos, promulgada em 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU), delineou direitos básicos à população, como o direito à vida. Todavia, hodiernamente, esse direito é infringido no Brasil independente do estado mental dos cidadãos, seja devido à violência nas metrópoles, seja em razão da escola que reproduz as pressões sociais. Fatos que ensejam discussão sobre as doenças mentais na contemporaneidade. Inicialmente, é importante observar que, em 2017, teve, aproximadamente, 65000 homicídios no Brasil, Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Com taxas tão elevadas de violência, faz-se necessária a análise dos seus agentes motivadores, evitando tragédias recorrentes como massacres nas escolas por pessoas portadoras de transtornos mentais. Álias, Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, alertou ao dizer que “tudo o que fazemos tem impacto na vida de todo mundo, e tudo o que as pessoas fazem, acabam afetando nossas vidas”. Ademais, o ambiente escolar tem se tornado nocivo à saúde mental da juventude. Afinal, toda a atmosfera de pressão sofrida pelos trabalhadores de um modo geral é levado à escola em forma de concorrência e preconceito, preconceito esse determinante na segregação dos grupos que não alcançam os melhores resultados. Diante de tal contexto, é imprescindível levar mudanças a esse ambiente de forma a não agravar os problemas mentais das crianças, que precisam de uma educação com qualidade. Afinal, Paulo Freire alarma, “se a educação não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Destarte, indubitavelmente, medidas são necessárias para combater o ambiente nocivo e o descaso do Governo em relação aos transtornos mentais e suas consequências. No campo socioeducativo, as secretarias municipais precisam promover encontros pedagógicos com pais, alunos e sociólogos, por meio de reuniões semestrais nas escolas, de modo a desconstruir, em médio prazo, esse ambiente hediondo de preconceito entre as pessoas, trazendo à realidade os direitos idealizados na Declaração dos Direitos Humanos.